Verdadeiras Histórias de Sangue, de Cesar Bravo (VHS)

Por @meire_md

As nossas verdadeiras histórias de sangue começam antes de nos alimentarmos dele pelo cordão umbilical.

Podem ser pequeninas ou imensas, mas sempre existem.

Eu poderia contar para você que quando eu tinha uns dois anos de idade fui entregue ao meu pai com sangue jorrando pela boca.

Ou que nas férias de um ano qualquer eu estava esparramada no sofá assistindo à “Porta da Esperança“, senti um solavanco pélvico e fugi da sala desajeitadamente enquanto um sangue inesperado deslizava entre as minhas pernas.

Ou que desmaiei no primeiro plantão como estudante de medicina ao ver uma pessoa com a face esmagada. Ou eu poderia, também, recontar uma história de horror do Cesar Bravo, assim:

Paciente do sexo masculino, 32 anos, lavador de janelas, nascido em Cordeiros e procedente da cidade de Três Rios, solteiro e sem filhos, reporta que em meados de junho foi acometido por prurido no terço distal do membro inferior direito, inicialmente leve, e que rapidamente evoluiu com intenso desconforto.

Por julgar tratar-se de condição passageira, o paciente tentou alívio com medidas caseiras, aplicando babosa, álcool, gasolina e querosene, sem obter melhora. Relata que o prurido assemelhava-se a “vermes por dentro da carne” e que por usar certos objetos durante a coçadura — tais como toalhas e lixas — passou a apresentar lacerações cutâneas que exigiram tratamento com “pomadas” de nomes dos quais não se recorda.

Cursou com transtorno de sono, sonhos catastróficos e prejuízo em relação afetiva não estável; ao fim da primeira semana de foi demitido e, a despeito de declarar-se portador de doença que requer tratamento médico, não foi reintegrado pelo empregador.

Declara que procurou assistência à saúde com diversos especialistas, incluindo imunologistas e profissionais ligados às práticas alternativas. Não sabe informar que hipóteses foram formuladas e não apresenta fotocópia dos prontuários médicos correspondentes ao período, que se estendeu até agosto.

Houve agravamento da insônia, passou a apresentar pensamentos com conteúdo persecutório e, crê quem em razão disto e das lesões de pele, houve ruptura do relacionamento com a companheira. Foi encaminhado à psiquiatria e fez uso de múltiplos esquemas psicotrópicos.

Ao adentrar o quarto mês de evolução, o prurido incoercível atingiu estágio crônico e houve sedação abrupta com desenvolvimento de distrofia simpático-reflexa. Descreve que a dor complexa regional era “alucinante, como sentir os ossos congelando”.

Realizou consultas com todos os profissionais de saúde de Três Rios e, em busca de novas opiniões, fez petições para instâncias superiores e houve indicação de uso de Morfina (…), mas as histórias extraordinárias saídas das mentes dos escritores que se dedicam ao horror são muito mais legais.

Esqueça meu relatório médico, comece tudo de novo lendo a história original e descubra como ela acabou.

Acerca do gostar de literatura de horror

Dia desses eu estava pensando por qual motivo muitas pessoas consideradas fofinhas e sem quaisquer traços antissociais gostam de literatura e/ou cinema de horror.

Por que eu, Meire, gosto de literatura de horror?

Um dos meus hobbies é estudar psicopatias, destrinchar crimes reais e consumir literatura de horror e fantasia. Minhas sobrinhas —lindas, inteligentes e meigas — compartilham gostos similares. Meu marido conhece praticamente todos os filmes de terror já lançados e Contos Assustadores da Masha é o desenho favorito da filhinha de um casal de amigos.

De onde veio esse apego pelo “susto”, que faz com que crianças, adolescentes e adultos gostem de “histórias de medo”?

Não acredito que existam pessoas imunes ao horror, seja ele real ou imaginário. O horror incita, provoca. Ele tira você de um lugar e coloca em um outro. A mágica está aí e no quão satisfatório é este deslocamento.

Defendo que exista, no mínimo, dois tipos de consumidores de horror: os que empatizam com o sofrimento das pessoas inocentes* e os que empatizam com os perpetradores de crimes violentos.

E empatia é conexão. E conexão é algo humano, demasiado humano.

A nossa mente consegue isolar a dor quando ela é substituída por outro estímulo. Isso ocorre, por exemplo, com uma massagem que finda produzindo efeito analgésico. A sensação dolorosa é substituída pela tátil, que é bem mais agradável.

Se você foca sua mente em um medo ou uma dor maiores que os seus, o que acontece? Você passa a minimizar os seus? Você dá à sua mente uma sensação de que na verdade você não está tão vulnerável assim? Penso que, no meu caso, é mais ou menos isso e se não for, que não seja.

E o que passa pela cabeça dos que endeusam os criminosos?

Não sei.

A glamourização do crime é observada tanto em casos sem uma verdadeira história de sangue, como o episódio Anna Sorokin X Rachel Williams que mostrei para vocês no Instagram (na microrresenha do livro Inventando Anna), como em casos de matadores em massa ou de serial killers que contam com um exército de fãs apaixonados.

No tão chato quanto interessante “Insania Furens, Guido Palomba coloca que quanto mais grave o crime, mais admiradores tem o criminoso. Ele cita que o Bandido da Luz Vermelha, o Monstro do Trianon e o Maníaco do Parque são os campeões em número de cartas de apoios e de pedidos de casamento.

Cesar Bravo: Verdadeiras Histórias de Sangue (VHS)

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Cesar Bravo (1977 – ) é um talentoso escritor brasileiro dedicado ao horror e ao suspense que conheci quando tive a sorte de cair na bolha dos escritores Roberto Denser, autor de Colapso, e Verena Cavalcanti, autora de Inventário de Predadores Domésticos.

Em 2013, pouco tempo depois de começar a escrever profissionalmente, Cesar Bravo foi agraciado com o Prêmio FNAC Novos Talentos da Literatura e em 2016 publicou Ultra Carnem, hoje considerada sua obra-prima.

VHS é o segundo livro que ele publica pela Dark Side.

As partes externa e interna da capa e as folhas de guarda fazem alusão às antigas fitas VHS e a edição toda é, bom, é bem Dark Side mesmo.

As ilustrações (de Micah Ulrich) e detalhes que podem passar despercebidos por leitores que não curtem aproveitar os presentes que intercalam os textos, tornam a experiência de leitura ainda mais interessante. Há quanto tempo eu não ouvia Sting? Ou Faith no More? E The Housemartins, que eu nem lembrava mais que existia? Pois é. Consuma direito os livros da Dark Side, jovem Padawan.

A “reprodução” de reportagens de jornais da região e de uma moção de pesar dispostas nas primeiras páginas, bem como os anúncios que aparecem ao longo do livro —sobretudo os Classificados que figuram nas folhas 164 a 168 — são bastante importantes para complementar algumas histórias e para localizar o leitor no espaço, ou seja, para que ele descubra exatamente em qual cidade aquele fato está acontecendo.

As histórias ocorrem em uma microrregião fictícia localizada no noroeste de São Paulo e chamada “Região Bravo”, que é formada pelo município de Três Rios (cidade maior, atravessada pelos rios da Onça, Verde e Choroso) e oito municípios que o cercam.

Vi resenhas comentando que todas histórias se passam em Três Rios, mas só para exemplificar sem ir muito longe, a segunda se passa em Cordeiros, a terceira se passa em Assunção e a quarta, que faz menção a um mito que basicamente já assombrou todo cidadão brasileiro, acontece em Velha Granada.

Há uma ou outra que não consegui localizar no espaço exato, mas ainda acho que numa releitura atenta podemos encontrar alguma referência.

O escritor localiza o leitor no tempo com referências que vão do fim da década de 80 ao início da década de 90; você pode ser ver pesquisando quando Sarney foi Presidente ou quando a novela Vale-Tudo estava no ar, mas há uma ou outra história que não consegui listar no tempo, como ‘Bicho-papão’, por exemplo, e acho que “Museu das Sombras” acontece um pouco depois da maioria das histórias.

As dezoito histórias gore são independentes, mas algumas são ligadas por um fio invisível, como o aparecimento de uma notícia sobre a Senhora Shin na história seguinte, por exemplo.

Estou com Ultra Carnem e DVD na lista.

Recomendo VHS de Cesar Bravo fortemente, inclusive para aqueles que nunca tiveram contato com literatura de horror. O livro é estimulante, muito bem escrito.

Algumas histórias lavam a alma de quem, como eu, pergunta-se — apesar de ser contra a pena de morte —o que um cidadão brasileiro precisa fazer para pegar e cumprir pena máxima.

Bravo, Cesar.

 

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O Príncipe e o Mendigo | Mark Twain

Por @meire_md

“Pela primeira vez eu me vi como minoria”. Com esta frase meu marido resumiu bem o porquê do seu crescimento pessoal durante o período em que esteve trabalhando como roadie para se custear enquanto estudava Engenharia de Áudio na Austrália.

Disponível aqui gratuitamente para assinantes Kindle Unlimited

Lá ele era apenas um rapaz latino-americano, um imigrante de um país pobre que temporariamente se viu transformado num trabalhador braçal do tipo que só é percebido e lembrado quando faz alguma coisa errada.

Sair do ‘ninho’ ou da zona de conforto é quase como mudar de identidade. Passa-se a ver quem lhe era de certa forma invisível com olhos mais empáticos , sobretudo quando você se transforma em um deles.

E é nisto que está a beleza de O Príncipe e o Mendigo. O ato de se colocar no lugar do outro é o ponto central dessa obra de Mark Twain. O escritor, que era americano, foi longe no tempo e no espaço.

Ele apostou na Londres do século XVI, mais precisamente no intervalo entre o final do reinado de Henrique VIII e a coroação do pequeno Eduardo VI, para criar um rico enredo com notas históricas e chamadas para reflexões sobre a pena capital e o mau hábito de se julgar apressadamente as pessoas por sua aparência.

Quando o menino Príncipe evita que um menino em mendicância seja humilhado por um soldado e ouve sua triste história, torna-se sedento por conhecer a vida fora da nobreza.

Em um impulso inconsequente e altamente justificado por sua pouca idade, o pequeno finda vestindo trapos e jogando-se sozinho naquela Londres inóspita enquanto o garoto do povo permanece no Palácio assumindo a identidade de Príncipe de Gales.

A escrita fluida, gostosa, sem firulas e atemporal de Mark Twain – que garantiu seu sucesso imediato ao ponto de ser mesmo em seu tempo considerado um escritor divisor de águas da literatura americana – parece ter sido bem respeitada pela maravilhosa tradutora Rosaura Eichemberg *.

Ela também traduziu alguns dos livros de Carl Sagan, conseguindo manter a mesma paixão alegre dele pela ciência. Quando não lemos a obra original é sempre bom buscar boas traduções, não é?

É um livro para todas as idades, porém recomendo sobretudo para adolescentes e adultos jovens. Por favor, não deixe de ler as notas dispostas no final da obra.

Agradeço ao meu sogro pela indicação e empréstimo S2

Um beijo,

M.

* ou Eichenberg, tenho o nome dela com grafias distintas em diferentes livros e o mesmo percebi pesquisando seu nome na internet.

 

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O que é Água Micelar e como Uso

Por @meire_md

Só depois da crise sanitária consegui entender por que algumas pessoas acham que a água micelar não funciona. É que, antes da pandemia, boa parte da população mundial não sabia que tanto o sabonete quanto o álcool em gel exigem vários segundos de contato com a pele e, também, algum grau de atrito.

Higiene, veja bem, exige tempo e atrito.

Atrito? Sim. Atrito suave, mas ainda assim, um atrito.

Atrito nada mais é que o deslizar de uma coisa sobre outra e é por causa da falsa ideia de que atritar é sinônimo de “esfregar” que falo tanto no Instagram sobre suavidade e tempo.

Algumas pessoas se queixam que acham difícil remover o desodorante roll-on (uso este aqui) durante o banho, não é?

Mas quando você aplica o sabonete e massageia a região axilar adequadamente, ou seja, fornecendo o tempo e o atrito que os produtos exigem, a limpeza vem e a pele agradece. Vinte, trinta, quarenta segundos? Vai depender do produto e da quantidade de resíduos que temos para remover. A gente vai aprendendo com a prática.

Nem o melhor Cleansing Oil do mundo remove a maquiagem se for só lançado à pele e removido em um passe de mágica. Eles exigem tempo + atrito, e as duas coisas são entregues pelo usuário através da massagem.

Devemos aplicar o mesmo princípio nos cabelos, na face, no corpo, nos dentes, na limpeza da casa

Então, para resumir: não basta aplicar um cosmético limpador e removê-lo quase que imediatamente. E isso vale tanto para a água micelar mais baratinha que você encontrar, quanto para a mais cara.

Vamos descomplicar a Água Micelar e aprender como aproveitá-la melhor.

O que é água micelar

Se você balançar o seu frasco de água micelar vai perceber uma leve espuma se formando.

A água micelar pode ser descrita como uma espécie de sabonete facial líquido que conta com tanta água, mas com tanta água, que nem precisa ser removido com… água.

É um cosmético limpador facial que tem ação demaquilante indicado para remoção da maquiagem e para a limpeza da face, pescoço e colo. Não é preciso estar usando maquiagem para limpar a face com ela.

Ao ser aplicada a água micelar vai dissolver as sujidades com o tempo de ação e apoio do atrito.

O atrito deve ser levinho e pode ser feito com algodão — é a forma de uso mais comum — com as mãos, com uma toalhinha de tecido macio ou até com um lencinho de papel, por exemplo.

Se for aplicada com algodão, lenço ou toalhinha, deixe o chumaço paradinho na região a ser limpa por uns segundos e depois faça a remoção, atritando levemente.

Coloco a água micelar nas mãos, faço uma espuminha meio de qualquer jeito, aplico no rosto, faço uma massagem sem pressa e daí para frente uso dois métodos diferentes, que se alternam conforme os produtos que estão no meu rosto.

Chegaremos já já neles, vou detalhar melhor as formas que uso.

Muitas pessoas transferem a água micelar para um frasco espumador — testei estes dias e fiquei chocada com a espuma produzida pelo frasco; ainda que não seja tão densa, é abundante e gostosa de usar. Achei divertido, mas prefiro produzir a espuma com as mãos.

Importante lembrar que água micelar não é sinônimo de tônico. A água micelar é um produto limpador e o tônico… bem, o tônico é qualquer coisa que o fabricante quer que seja.

Pode deixar a água micelar no rosto???

Pode, mas não precisa nem é obrigatório, e as vezes é necessário.

Como assim?

Se você está aplicando água micelar pela manhã, ou seja, apenas para remover os produtos da noite anterior + as sujidades que se acumularam durante a noite —como o suor e o sebum—, não há qualquer necessidade de jogar água ou lavar o rosto depois, basta enxugá-lo.

Mas você pode achar melhor remover tudo com água e está tudo bem. Não há nenhum problema, apenas sugiro que você só jogue água depois que estiver satisfeito com o tempo e o atrito investidos na sua limpeza.

Vamos repetir? Atritar não é sinônimo de esfregar. Atritar é deslizar uma coisa sobre outra. A força do deslizamento pode variar, tudo vai depender do peso da sua mão.

Se você está usando a água micelar como demaquilante, pode achar necessário lavar o rosto depois. Lavo frequentemente porque raramente estou com maquiagem super leve; acredito que quando estou maquiada a dupla limpeza, mesmo que feita sem óleo, é sempre necessária.

Quando usadas corretamente, as fórmulas no geral promovem uma limpeza facial suave e bastante eficaz.

Quem souber usar bem os produtos acaba economizando bastante.

A louca da água micelar

Por muitos e muitos anos minha água micelar favorita foi a Sensibio H2O da Bioderma (tampa rosinha).

Quando me “viciei” em lavar o rosto todas as manhãs com água micelar, resolvi testar outras porque eu queria encontrar uma substituta mais barata.

Para minha sorte, depois de poucas tentativas achei as da Garnier, que têm uma excelente performance.

Acabei não recomprando mais a Sensibio. Gostei bastante da Bisyou, mas as da Garnier, que são excelentes, baratas e fáceis de comprar, encaixaram-se perfeitamente no que eu queria.

Vamos ver como e quando uso as minhas favoritas.

Água Micelar Garnier Tudo em 1 e Garnier Antioleosidade com Vitamina C

Não consegui descobrir ainda se gosto mais da Água Micelar Garnier Tudo em 1 (tampa rosa) ou da Antioleosidade com vitamina C (tampa amarela), mas se eu fosse obrigada a escolher só uma, acredito que seria a com vitamina C.

Uso a Água Micelar Garnier com vitamina C todos os dias na higiene matutina da face, pescoço e colo.

Coloco o produto nas mãos, faço aquela espuminha rala, fecho os olhos e massageio as regiões por uns vinte segundos. Gosto de focar bem na zona T, onde cravinhos podem aparecer. É muito gostoso!

Finalizada a massagem, enxugo as regiões delicadamente com a minha toalhinha para rosto— praticamente só “apertando”.

Para quê pressa se posso iniciar o dia com um ritual tão relaxante?

Assim, removo delicadamente os produtos da noite anterior e o que se acumulou na pele durante a noite sem precisar usar sabonete comum, e de quebra ainda deixo um resíduo de vitamina C na pele.

Também faço isto quando estou em casa e sinto o rosto “pesado”, mas não quero lavá-lo com espuma ou sabonete. Mando ver na água micelar com vitamina C. Acho que meus poros ficam mais baixos e mais calmos.

Como demaquilo a face usando água micelar

Sem querer acabei colocando na rotina a dupla limpeza sem óleo. Minhas rotinas sempre são assim, orgânicas.

Quando dou por mim já estou fazendo tudo de uma forma mais prática, rápida e barata.

Estou reservando a dupla limpeza com o meu Gokujyun Cleasing Oil para quando acho necessário, como nos dias em que usei uma maquiagem mais resistente ou reapliquei o pó mais vezes. Calculo que eu esteja usando o cleansing oil uma ou duas vezes por semana.

Aplico a Água Micelar Garnier Tudo em 1 para demaquilar o rosto no final da tarde usando uma quantidade generosa nas mãos, massageio bem a face, repito com mais uma “dose” e removo tudo suavemente, desta vez com minha toalha demaquilante, que é super macia.

Eu sou apaixonada por esta toalha porque além de macia e linda, ela me faz economizar papel toalha, é gostosa de usar e muito fácil de lavar, o que faço depois de cerca de quatro usos. As sujidades soltam de modo muito rápido. Lavo tanto ela quando a facial com detergente de coco ou com o sabonete de coco do Igor.

Ai fico assim, com a tal dupla limpeza sem cleansing oil feita pela metade. Faço o segundo passo na hora que achar mais conveniente, porque prefiro lavar o rosto no banho.

Quando entro no banho lavo o rosto sem pressa usando a espuma da Hadalabo, que é maravilhosa. A pele fica perfeitamente limpa, com poros calmos.

Obs.: Quando finalizei o post me dei conta que não preciso ter as duas versões… E agora? Vou decidir quando precisar repor meu estoque 🤭

Um beijo,

Meire

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O Clube do Crime das Quintas-Feiras

Por @blogdamnq

Se você está procurando algo diferente para ler, não procure mais. O Clube do Crime das Quintas-Feiras é um mistério encantador, engraçado e inteligente.

O Clube do Crime das Quintas-Feiras

Uma vez por semana, quatro idosos se reúnem para investigar assassinatos arquivados. Cada um contribui com algo diferente, mas todos estão determinados em desvendar um crime violento que confundiu a polícia e permitiu que alguém ficasse impune.

Quando Tony Curran, um construtor local com um passado duvidoso, é encontrado espancado até a morte, os velhos detetives se encontram imersos no primeiro caso vivo, um com “um cadáver real e em algum lugar lá fora, um verdadeiro assassino”. 

Suas investigações levantam uma série de suspeitos que incluem um construtor polonês, um padre, um boxeador e o antigo parceiro de negócios de Curran, o obscuro promotor imobiliário.

É o primeiro livro de Richard Osman. Esta é uma estreia impressionante. A escrita de Osman flui e ele tem um ouvido natural para o diálogo. 

Sobre Richard Osman

Richard Osman costumava ser mais conhecido como o criador e co-apresentador do programa de perguntas e respostas Pointless, da BBC One, no qual os participantes tentam marcar o mínimo de pontos possível.

Em 2019, seu primeiro livro, O Clube do Crime das Quintas-feiras, tornou-se a estreia de crime adulto mais vendida desde o lançamento.

Para este romance ele se baseou nos conhecimentos de curiosidades que adquiriu com o programa. Além disso, o autor mistura muitos de seus próprios toques pessoais que tornam os procedimentos diabolicamente inteligentes e brilhantemente engraçados.

Toda a narrativa é mantida unida e impulsionada por seus personagens perfeitamente formados. Todos os quatro membros do quarteto de apuração do crime se esforçam:

  • Elizabeth, uma espiã em uma vida passada, é corajosa e engenhosa;
  • Ibrahim, ex-psiquiatra, é meticuloso e metódico;
  • o incendiário Ron tem um coração quente e uma cabeça quente;
  • e a ex-enfermeira Joyce exala simpatia e compaixão.

O Clube do Crime das Quintas-Feiras é um mistério convincente completo com algumas pistas falsas, reviravoltas inesperadas e um par de policiais nada inteligentes.

Ao mesmo tempo, o autor permite que os personagens principais experimentem momentos seniores ou reflitam sobre o envelhecimento. Há humor regular, mas também momentos de tragicomédia.

Clube do Crime vai virar filme

Os direitos cinematográficos globais deste best-seller recorde já foram vendidos para a Amblin Entertainment, de Steven Spielberg. Mas enquanto o filme não chega, confira a sequência deste delicioso mistério:

O Homem Que Morreu Duas Vezes
O Novo Mistério do Clube do Crime das Quintas-Feiras

Gostou das dicas? Se você curte filmes e séries, aproveite para ler também: Inventando Anna: conheça a verdadeira história da golpista da série Netflix


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Inventário de Predadores Domésticos

Por @meire_md

Não acredito em bruxas ou bruxos, mas tenho certeza que alguns escritores são.

Eles sabem exatamente que tipo de gente vai ser impactada pelos seus textos e, por algum motivo, conseguem prever nossas reações. Fazem de propósito.

Grandes escritores escrevem com as próprias vísceras e a coisa toma forma de modo incoercível, o que pode ser tão rápido quanto um vômito em jato ou tão custoso quanto um abscesso que demora a supurar.

Quando as palavras ganham o mundo os escritores conseguem (vivos, mortos ou em coma dépassé) fazer uma conexão emocional violenta com alguns leitores.

Se você se conectou com Saramago lendo O Ensaio sobre a Cegueira ou com Tolstói lendo Senhor e Servo, sabe bem do que estou falando.

Os bons escritores “dopam” nossa mente. É um plug & play.

Eles nos carregam para o mundo deles e nos transformam em uma testemunha ocular atenta.

Demorei mais de quarenta anos para perceber que o vício de leitura vem daí. Se não é todo mundo que se vicia em exercício, não é todo mundo que se vicia em leitura. Para cada doido, uma mania.

Quando Kafka dedicou um exemplar de Um médico rural para sua amiga Irma Singer*, ele escreveu: “Você é muito saudável, Irma, não vai entender isto”.

Ele sabia que o livro não era para Irma.

Gosto muito de ficção científica, fantasia, distopias, horror, mundos pós-apocalípticos e romances labirínticos. Quanto mais denso e mais perturbador, melhor para mim.

O motivo é muito simples: o mundo real é estupendo, conta com histórias de vida tão interessantes e minha imaginação é muito fértil, então a literatura que me prende é a produzida por quem é capaz de ir muito além do que eu poderia imaginar sozinha.

Venerando a Verena

Foto e dados extraídos da Wikipedia

O que é essa menina de olhos claros e traços delicados que conseguiu publicar um livro pela DarkSide?

Onde vive, o que come, como se reproduz?

Estou apaixonada pela escritora Verena Cavalcante.

Não sei em que buraco de minhoca eu estava que só a conheci em meados de fevereiro, o que ocorreu graças a um comentário qualquer do escritor Roberto Denser (autor de “Colapso”).

Ando na fase de reagrupar meus escritores favoritos para relê-los ou para achar alguma coisa que não sei se deixei para trás, por isso estou com uma pilha de escolhas por aqui.

Mas a Verena chegou, e a Verena passou na frente.

Meu plano inicial era ler primeiro Larva (2015) e O Berro do Bode (2018) para depois ler o Inventário de Predadores Domésticos“, mas os dois primeiros estão indisponíveis na Amazon no momento.

Quando finalizei a leitura  do Inventário fiquei tão sem teto, tão sem chão e tão sem paredes que conclui que não teria capacidade de resenhá-lo. Foi estranho.

Citei nos stories que a leitura deOs Crimes do Amor“, do Marquês de Sade, é bem levinha perto da leitura do Inventário. Sei que foi engraçado, mas não. Não, não foi brincadeira.

É um livro que, a exemplo de outros que gosto muito, como o Volume 1 da Biblioteca Gaiman ou Confissões do Crematório da Caitlin Dought, eu não saberia a quem  indicar nem a quem dar de presente.

Se você resolver comprá-lo, faça isso por sua conta e risco.

Inventário de Predadores Domésticos

amazon.com.br

Inventário de Predadores Domésticos  foi publicado pela Dark Side em 2021.

Ele conta com 240 páginas e vinte e seis contos cujas histórias não se interligam e acontecem em tempos e locais distintos.

A edição é belíssima, vem com uma fitinha marcadora cor-de-rosa, há detalhes rosados na folhagem que ilustra a guarda e a folha de guarda, o que, em conjunto com o fundo branco da capa, escondem a escuridão que há nas páginas.

O cor-de-rosa acaba aí. Acaba mesmo.

Quando você ouve “predador doméstico” pensa em quê? Pois é.

Boa parte dos contos são narrados ou protagonizados por crianças e os temas variam do pesado ao mais pesado.

Depois não digam que não avisei. Alguns (muitos ou todos) são espantosamente dolorosos e perturbadores.

Cerca de seis contos são apresentados por um narrador inconsciente e um par deles, ou um outro mais, são narrados por uma mulher adulta.

Nada fica de fora do horror produzido pela Verena Cavalcante: ela junta o real ao fantástico.

Em Missiva Póstuma (começa na página 171) eu despenquei, chorei muito. E foi muito bom.

Nos agradecimentos do livro, a escritora pede desculpas aos leitores. Doeu, Verena.

Aceitei o seu pedido de desculpas.

Beijos,

Meire

*Miriam Irma Singer era professora de Jardim de Infância e morreu em 1989

 

 

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Um Top 10 da vida minimalista

Por @meire_md

Há uns seis anos recebi um “chamado minimalista” e desde então venho, a cada ano que passa, simplificando mais as minhas rotinas de cuidados pessoais, de compras de supermercado, de cuidados com a casa e de organização no trabalho.

Passei a régua até em algumas “amizades”.

Fico bastante satisfeita quando acho mecanismos e produtos que se encaixam no estilo de vida que tanto tem me feito bem.

É importante lembrar que nem sempre simplificar a vida significa economizar dinheiro, mas no geral significa economizar tempo. No meu caso a economia tem sido dupla: tanto de dinheiro quanto de tempo. Parabéns pra mim, ehehe.

Além de me sentir muito mais livre possuindo menos coisas do que já tive, meu custo de vida anual reduziu consideravelmente.

A redução tem feito com que eu possa continuar não precisando ter um segundo ou até um terceiro emprego; essa sobrecarga é bem comum no meio médico.  Os anos vão passando e boa parte dos meus colegas escolhe aumentar o padrão de vida e produzir um custo de vida cada vez maior. Cada um com suas escolhas, não é?

Eu fiz o contrário. Quanto menos coisas passo a ter, mais tempo me sobra, menos estressada e mais feliz eu fico.

Gosto muito de fazer listas e sempre que mostro uma sequência de coisas sobre o mesmo tema, percebo que o pessoal do Instagram gosta bastante.

Quando eu estava organizando a lista de produtos recomprados, me dei conta de que eles são bastante versáteis e são a cara do meu padrão atual de consumo.

Nesta lista vou informar brevemente como uso cada um destes produtos sensacionais.

Vamos lá?

  1. Sabonete Glicerina Erva-Doce Granado

Trata-se de um sabonete líquido com excelente válvula pump — compro aqui —  que entrou na minha vida inicialmente como uma alternativa para higienizar as mãos.

Simples, gostoso e tem refil. A empresa promete uma limpeza emoliente, calmante e suave. Gosto muito dele!

Não há nada de inovador ou especial na formulação, mas ele rapidamente tomou conta do lavabo de casa e da área de banho.

Tem sido meu sabonete para a higiene das mãos em casa e no trabalho e para a higiene de todo o corpo. Eventualmente uso até na higiene do rosto (diluindo bem nas mãos) durante o banho e para lavar a minha toalhinha macia de enxugar a face e a minha toalhinha removedora de maquiagem.

Amo o cheirinho de natureza e o fato de não repuxar a minha pele.

O banheiro, o lavabo e as toalhas ficam sempre delicadamente perfumados.

2. Espuma Hidratante Cetaphil

Ganhei uma amostra grátis da minha dermatologista, experimentei a bichinha no carro e lá mesmo fiz a compra do primeiro frasco.

Isso foi algo bastante significativo porque eu não compro nada por impulso. Para minha felicidade, foi um impulso muito bem-vindo.

É um hidratante reparador de barreira cutânea que promete alívio da pele ressecada em 48h. Não tem perfume e pode ser usada por crianças e adultos, tanto no rosto quanto no corpo.

Já comprei outro frasco para deixar ao lado da cama porque o senhor meu marido, que odeia todo tipo de hidratante, gostou. Vez por outra ele usa nas mãos.

Gosto bastante da Loção Hidratante Cetaphil Face & Body (na versão light) porque funciona bem. Vem em um frasco com incríveis 473mL e foi graças a ela que consegui me habituar a usar hidratante no corpo.

Mas a delicadeza, a espalhabilidade incrível e o efeito excelente — como pode a pele ficar sequinha e macia ao mesmo tempo? — da espuma Cetaphil me conquistaram.

Agora só quero ela, que contém um derivado de vitamina C e dexpantenol, portanto, além de hidratar, em tese pode entregar algum efeito despigmentante para a pele do corpo.

Possivelmente meu custo anual com hidratação corporal ficará maior, mas tudo bem. Este é um dos exemplos de escolha minimalista que não necessariamente gera economia de dinheiro.

Lembre de agitar antes de usar.

 3. Protetor Solar Shiseido Clear Stick UV SPF 50+

Amo protetores solares em bastão e o mercado parece bem aquecido: atualmente há inúmeras opções.

Sou uma pessoa de natureza prática. Como é muito fácil e muito rápido fazer a fotoproteção com bastão, amei e não largo mais.

Basta deslizar a bala oito vezes por área a ser protegida e arrumar o produto com os dedos, simples assim. Costumo dizer que aplico na mesma velocidade com a qual uso um leque.

Como gosto de pele hidratada por baixo e sequinha por cima, não uso bastões controladores de oleosidade ou que ressecam a pele, então me adaptei muito bem ao Bastão Shiseido Clear UV.

Ele oferece proteção reforçada quando entra em contato com suor ou água. A fragrância é calmante e contém extrato de raiz de licorice, que tem ação anti-inflamatória/antioxidante e pode atuar como despigmentante leve, o que é mais uma vantagem para quem tem melasma.

Comecei a usá-lo em meados de 2019 e desde então é o único protetor solar sem cor que recompro; os estoques dos outros que eu tinha foram acabando ou dei de presente. Já usei inúmeros frascos e não tenho qualquer interesse em testar outro.

Não é um produto popular aqui no Brasil porque tem uma textura de cerinha, não seca nunca e não é barato.

Quem tem pele muito oleosa pode não gostar, mas se você já tem, sugiro que teste na pele nua, sem hidratante por baixo.

4. Isdin 99 Color

Quero um balde dele. Story que postei durante os primeiros testes com o Isdin 99 com cor

Não tenho a menor ideia de quantos protetores solares com cor testei durante a vida. Não cheguei a odiar todos, mas não gostei suficientemente de nenhum.

Acredita-se que quando a pele está bem protegida com o protetor sem cor/transparente, o restante da barreira de fotoproteção facial pode ser feita com maquiagem comum: base, corretivo, blush. Concordo com qualquer pessoa que defenda isso.

A maquiagem ajuda a camuflar o melasma e oferece opacidade que reduz a chance da nossa pele ser afetada pela luz visível do sol.

Em minha opinião pode ser muito interessante substituir a maquiagem por um protetor com cor quando o produto apresenta uma cosmética boa, ou seja, similar a uma base de maquiagem que funcione bem, uma cobertura adequada às demandas de quem vai usar e uma cor similar ao seu tom de pele.

Aumentar o escudo fotoprotetor não pode ser uma ideia ruim.

No meu caso o protetor com cor ideal tem que ser clarinho, entregar cobertura média e ter textura rica (no sentido de ser hidratante), preferencialmente siliconada.

Graças à Dani conheci o Foto Ultra Isdin Color 99 (compro aqui).

Ele tem me feito economizar bastante, porque além de não precisar mais passar o Shiseido além da quantidade ideal (lembrem: tenho melasma), gasto muito menos com base e corretivo.

Ele vem em frasco contendo 50mL, tem textura de base boa, entrega uma cobertura  moderada bastante uniforme e proporciona um acabamento com um glow saudável.

Minha cor na MAC é NC12. O 99 tem um fundo mais neutro para ligeiramente rosado, mas no fim das contas acaba dando certo.

Veja a comparação de cores:

Não é um produto para quem gosta de pele super seca.

Como contém um despigmentante na composição —e possivelmente em razão de outros ingredientes — ele promove algum ardor nos meus olhos, que são bastante sensíveis. Não tenho isto como uma desvantagem porque basicamente todos os protetores líquidos me dão lacrimejamento.

É um produto sensacional para quem tem melasma e que reduzir o número de produtos usados na rotina diurna.

Como aplico?

Depois que o protetor sem cor está aplicado, aplico corretivo na área dos olhos e na região do melasma e dou tapinhas para arrumar.

Então coloco o Isdin 99 (com cor) em um pratinho de porcelana e aplico na face usando a Sister Blend da Mari Saad (amo esta esponjinha, uso tanto seca quanto úmida), sem chegar perto da raiz dos cílios.

Quando está tudo arrumadinho, aplico blush líquido/cremoso, como  esse da Bruna Tavares e os da Shiseido. Para isso, uso a bundinha da Sister.

Dai para frente faço como sempre: como tudo está molhado por baixo, selo com pó por cima.

Ele casa perfeitamente com meu pó baratinho favorito (Cor Mármore 1), que comecei a usar por indicação da Eliane Cavalcante.

Quando eu enxugar mais a bancada farei um post com os meus pós soltos favoritos e em que situação uso cada um deles.

5. Revitalift Pro-Retinol FPS 30

Gente do céu.

Já estou no terceiro  pote do Revitalift Diurno Pro-Retinol FPS 30 e tenho dois fechados no armário.

Tasco o dedo no pote tirando a quantidade generosa que está na foto e aplico no pescoço e colo pela manhã.

Meu pescoço simplesmente bebe. Quando vou vestir a roupa (acordo  muito cedo) para sair, decido se é necessário ou não selar com pó/talco. Às vezes nem precisa.

Minha exposição solar tem sido mínima e com um único gesto aplico um produto que minimiza o aspecto envelhecido da pele, hidrata e fotoprotege. É muita economia de tempo.

Obs.: Uma leitora do Instagram falou que usa este produto na face como primer e o resultado é excelente.

6. Serum Revitalift Hialurônico

Estou no segundo frasco. Usei o primeiro super rápido de tão viciada que fiquei nele.

Este Revitalift Hialurônico é um produto em tudo muito simples: é um sérum com boa concentração de ácido hialurônico que hidrata as linhas finas de modo eficiente, mas sem pesar.

Muito fácil ser novinho/novinha e dizer que produtos com ácido hialurônico não fazem diferença, então fico só calada e observo, porque quando a idade aumenta, o discurso muda.

O laboratório dá aquela exagerada básica alegando que é um preenchedor, etc, mas sabemos que não é bem assim. Ele deixa a minha pele com aspecto cheio e macio, gosto bastante, mas é preciso deixar claro que o efeito nem de longe é similar ao de um procedimento estético injetável.

Costumo aplicá-lo diariamente logo após remover a maquiagem do dia e também em forma de máscara de hidratação, que costumeiramente faço aos sábados e domingos.

Como estou fazendo minha hidratação de fim de semana?

Aplico primeiro o Revitalift Hialurônico Serum, faço uma massagem rapidinha no rosto todo e desço o produto para o pescoço e colo, até a “linha do sutiã”.

Espero alguns segundos e depois aplico o Revitalift Laser 3X. nas mesmas regiões, só que besunto bem a área dos olhos e o contorno da boca.

Deixo os dois produtos na pele até a hora que eu quiser, não inventei regra, eheh.

7. Revitalift Laser 3X

O tempo passou, minha pele mudou e o que antes parecia gordo, hoje é perfeito.

Por muitos anos usei o Skinceuticals A.G.E Interrupter (o preço é este mesmo que você viu) e acredito que ele tenha contribuído para retardar a flacidez do meu rosto.

Quando me adaptei à Tretinoína (medicamento), fui parando de comprar o A.G.E mas ainda usei por algum tempo produtos com propostas similares, como o Substiane da La Roche-Posay e o HA Intensifier da Skinceuticals, por exemplo.

Quando estava passeando na internet me deu vontade de usar novamente um produto com Hydroxypropyl Tetrahydropyrantiol (molécula conhecida como Pro-xylane e presente nos produtos que citei acima) e lembrei do  Revitalift Laser 3X , que é um produto mais popular e voltado à mulheres de pele “madura”.

Em 22/03/2017 fiz um post no instagram falando mais sobre o pro-xylane; resumindo bem, ela é uma molécula híbrida derivada da xilose que supostamente estimula nossa pele a produzir glucosaminoglucanas; as GAG nada mais são que um tipo de “açúcar” que fica inchadinho quando é hidratado. Aconteça isto ou não, gosto de usar.

Minha experiência anterior como o Revitalift Laser 3X foi restrita ao pescoço e colo, porque eu achava o creme muito grosso. Usei vários potes. Aí pensei assim: vou comprar de novo com intenção de usar na face, se for gordo, reservo para a área dos olhos.

Deu muito certo e estou usando todos os dias por baixo da proteção solar e compondo máscara hidratante, como já mostrei no item anterior.

8. Hipoglós Transparente

Desde que minha irmã me mostrou esta versão do Hipoglós, acredito que logo depois que foi lançado, comecei a usá-lo como produto multifuncional.

Além de ser um hidratante reparador gordo excelente e barato, ele não tem perfume. Não tenho hora certa para usá-lo, uso quando e onde acho necessário.

Uso na área dos olhos como  hidratante despigmentante, uso para “amaciar” corretivos, aplico nas cutículas, cotovelos, joelhos e tornozelos, na boca, na região do melasma e até no colo.

Compro aqui. Tenho sempre um tubinho por perto.

9. Pantene Creme para Pentear

Uso o Creme para Pentear Pantene há bastante tempo e nunca enjoei a fragrância.

Outro mistério da natureza. Como tenho pouco cabelo (fios finos), ele rende uma vida.

Como uso?

Com os cabelos algo úmidos, aplico uma potoquinha do creme do meio para as pontas dos fios e finalizo a secagem com minha escova secadora (completamente apaixonada por ela, já mostrei nos stories).

Nos dias que acho que as pontas dos cabelos estão ressecadas, uso um tico com os cabelos secos.

Uma outra forma que uso é aplicando no elástico antes de prender os cabelos pois tenho a impressão que eles quebram menos.

Gosto também de usar quando faço coque, para dar aquele acabamento nos fios que ficam soltos.

Acabei não recomprando óleo siliconado nem condicionador enxaguável.

10.  Poliflor Multissuperfícies

Uma lista com coisas que fazem parte do meu estilo quase minimalista (ainda estou em formação) tinha que incluir um produto de limpeza.

O Poliflor Multissuperfícies é um dos produtos de limpeza mais versáteis que conheço. Uso basicamente todos os dias.

De brinquedos a obras de arte, molduras de quadros, embalagens de cosméticos, enfim.

Ele me acompanha na limpeza de granito, madeira tratada, metais, plásticos, vidros e até capa de alguns livros.

Removo o pó das coisas e mando ver.

Beijos 🙂

Meire

 

 

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Bem-vinda à Escola de contos eróticos para viúvas

“Talvez a paixão e a excitação fossem secundárias a uma vida adulta estável”.

Balli Kaur Jaswal, Escola de Contos Eróticos para Viúvas

Por: @blogdamnq

A atriz Reese Witherspoon é uma das maiores entusiastas do livro  de Balli Kaur Jaswal: Escola de Contos Eróticos para Viúvas.

Ela declarou que:

“Esta é uma história sobre a libertação de mulheres de todas as idades e sobre o empoderamento necessário para que possam expressar seus desejos, seus sonhos e o que faz com que elas se sintam bem. Acima de tudo, é um livro sobre como mulheres de diferentes gerações podem se unir para mudar suas comunidades.”

Continue a leitura para saber mais sobre essa história incrível.

Escola de contos eróticos para viúvas

Nikki é uma jovem que abandonou a faculdade de direito com visão de futuro e mente aberta. Morando sozinha em Londres (para desgosto de sua mãe), trabalha como bartender.

Ela não tem nada além de desprezo pela maioria dos elementos da vida tradicional punjabi (povo natural de Panjabe, na Índia), como casamentos arranjados, por exemplo. 

No entanto, quando parece que o bar em que trabalha vai fechar em breve, Nikki acaba aceitando um emprego como professora de escrita criativa para viúvas punjabi no Gurdwara.

As viúvas são, talvez, as melhores personagens do romance — cheias de reviravoltas, nunca são o que se espera que sejam. Elas são, sem dúvida, tradicionais e até conservadoras em alguns aspectos: algumas acreditam que a homossexualidade é antinatural e imoral.

A maioria dos personagens do livro não é completamente agradável nem desprezível. A escritora é capaz de manter o equilíbrio de falhas e virtudes que compõem a maioria das pessoas, fazendo com que seus personagens se sintam muito mais reais.

 Uma coisa interessante sobre Escola de Contos Eróticos para Viúvas é que combina ficção literária e mistério de assassinato e, bem, erotismo.

Ele contém comentários sobre o sexismo internalizado, romance, bem como a representação de grupos fanáticos e puritanos, todos dentro da mesma comunidade.

Também aborda as lutas dos imigrantes em um novo país e tenta, com sucesso, desafiar a imagem social das mulheres mais velhas, especialmente as viúvas, como mansas, piedosas, conservadoras e desprovidas de desejo sexual. 

Embora seja engraçado, atraente e totalmente envolvente, este livro também é uma crítica social sobre a forma como as mulheres são tratadas na comunidade Punjabi e como os imigrantes são tratados no Reino Unido.  É história, papai.

Se você gostou da dica, leia também:  7 livros queridinhos recomendados por celebridades.

 

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Você não sabe que precisa de uma escova secadora até usar uma escova secadora

Por blogdamnq

Estava eu trabalhando no meu humilde apartamento quando, de repente, a Meire (minha irmã) me chama no WhatsApp:

__ Nique, quero te dar uma escova secadora, mas melhor que a minha, a que modela.

Assim, do nada.

Como um cientista que tem uma ideia brilhante cujo argumento vai corroborar com alguma teoria. Não era meu aniversário, nem qualquer data especial.

Ou melhor, a minha filha tinha acabado de colocar um serumaninho no mundo — mas pra Meire qualquer coisa é motivo de desculpa pra presentear.

Escolhi a Escova Secadora Britânia 1200W.

Ela disse:

__NÃÃÃO. Compre a de 1300W.

Agora que a maravilhosa chegou, vou falar um pouco sobre o produto e o que a de 1300W tem que as outras não têm.

Escova Secadora Britânia BES22 Soft 1300w

A Escova Secadora Britânia BES22 Soft 1300w tem uma variedade de benefícios: seca, modela e dá volume ao cabelo sem muito esforço — com qualidade de salão.

A escova oval não destacável foi projetada para alisar os fios, enquanto as bordas arredondadas adicionam um up extra volumoso às madeixas.

As cerdas tufadas com pinos de nylon prometem desembaraçar qualquer tipo de cabelo. O modelo oferece duas opções de velocidade e três de temperatura.

O revestimento do aparelho é feito com nanocerâmica para evitar atrito e ressecamento dos fios.

A emissão de luz infravermelha também previne o ressecamento excessivo e sela as cutículas.

Além disso, a escova é projetada com tecnologia Tourmaline. Ou seja, libera íons que neutralizam a eletricidade dos cabelos, preserva a umidade natural  e elimina o frizz.

A ferramenta é multiuso: elimina a necessidade de usar as duas mãos como se faz ao girar um secador e a escova de cabelos separadamente.

A minha Escova Secadora Britânia Soft BES22 1300w é Bivolt. Talvez, por esse motivo, não consegui encaixar a tomada na parede porque os pinos são mais grossos.  Resolvi o problema com um pequeno adaptador que custou 5 reais.

Como uso a Escova Secadora Britânia

1. Após lavar, eu deixo os cabelos enrolados na toalha por um bom tempo pra começar a secar naturalmente.

2. Passo o Protetor Térmico da Braé do meio dos cabelos até as pontas. Os meus cabelos ainda não decidiram se gostam desse produto, pois eu tive a impressão de que ficaram ressecados.

3.  Com a Escova Secadora, vou escovando os cabelos por mechas na temperatura 2 até que fiquem quase secos. Feito isso, enrolo todas as mechas juntas como um espiral na alça do meu sutiã — é pra ficar ondulado quando secar por completo.

4. Em seguida, é hora de cuidar do franjão. Tem vezes que prefiro usar de lado, mas ultimamente tenho usado partido ao meio. Passo a escova puxando os fios pra cima, depois pra baixo.

5. Se, no final, eu achar que as pontas parecem ressecadas, borrifo o Uso Obrigatório da Truss ou então o Óleo Wella Oil Reflections Light. Ambos são muito bons e fica parecendo que passei horas intermináveis num salão de beleza.

Em meio a tantas marcas e modelos disponíveis, fica até difícil escolher um modelo. Mas, se você for comprar, pode apostar na  Britânia Soft 1300 W sem medo de ser feliz.

PS.: A escova que a Meire usa é a Escova Taiff Stylle e, antes que eu diga que a minha é melhor, ela está super satisfeita com a dela porque os cabelos da minha irmã são fininhos e já vieram lisos de fábrica. Ódio 😆.

Se você também gosta de cuidar dos cabelos, aproveite para ler também: Saiba como o ácido hialurônico pode beneficiar o seu cabelo.

 

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Bate-papo, a Morte de Ivan Ilitch e outras coisas

Por @meire_md

Post dedicado aos meus leitores do Instagram

Quando parei para fazer as contas quase faleço de susto e confesso que estou impactada até agora.

Comecei a usar a internet há 28 anos e divido ideias com vocês por aqui há 27. Gente, isso é muito tempo.

Minha primeira “home page” foi no finado Geocities, que certamente muitos de vocês nem chegaram a conhecer.

A parte mais legal do meu quase falecimento foi perceber que tenho contato razoavelmente frequente com muitos de vocês há pelo menos 15 anos: a gente simplesmente veio caminhando de mãos dadas de plataforma em plataforma.

Em 2013 fechei o Salada Médica (2009-2013) e fui me “reservar” no meu perfil fechado do Instagram,  mas vocês acabaram me encontrando.

Voltei a compartilhar minhas experiências, dicas bobas e ideias aleatórias e, por uma feliz junção de motivos, desde meados de 2020 o Salada está de volta.

Mantenho o perfil do Instagram fechado porque gosto da atmosfera de intimidade.

Como o Instagram não valoriza quem tem perfil fechado e reduziu consideravelmente a entrega de tudo que produzimos por lá, só quem realmente gosta do que posto busca ativamente o meu perfil para ver se tem algo novo e isso acabou sendo muito bom: a nossa interação é afetiva e a minha relação com vocês é muito frutífera.

E foi respondendo nos stories à pergunta relacionada ao que fazer para ser aprovado em Medicina, que lembrei de ‘A Morte de Ivan Ilitch, um dos meus livros favoritos da vida e de leitura tão importante quanto os livros de História da Medicina.

(Se você não viu os stories, eles estão salvos no destaque “Estudantes”)

Conheça um pedacinho de Tolstói (Leo Tolstoy)

Um homem tão atormentado quanto produtivo.

Tolstói, escritor russo mais conhecido por ‘Guerra e Paz‘ e ‘Anna Kariênina’ (ou Anna Karenina), nasceu em 1828 e morreu em 1910.

Ele viveu em um conflito psicológico intenso entre usufruir e condenar a riqueza e a propriedade privada e possivelmente nutria autêntica preocupação com a vida dos camponeses.

O escritor defendia a democratização da educação, o cristianismo primitivo e o pacifismo.

Quando jovem foi viciado em jogos de azar e usuário compulsivo de bebidas alcoólicas — inclusive vendeu propriedades da família para quitar dívidas de jogo — e durante a vida adulta passou por importantes episódios depressivos.

Seu casamento trouxe alguma estabilidade emocional e felicidade que só se abalaram após a conversão para uma espécie de anarco-cristianismo, quando passou a ter impulsos de doar propriedades, abrir mão dos direitos autorais de suas obras e a defender a abstinência sexual.

O vício em jogos, além do abuso de bebidas alcoólicas, podem funcionar como uma espécie de automedicação contra depressão e ansiedade, então pergunto: terá sido ele pessoa com transtorno de humor?

Faço coro com os que acreditam que sim.

A religiosidade extrema, dependendo do restante do quadro médico e social, pode ser parte do suposto cortejo psiquiátrico.

Em pessoas com transtorno de humor, um hábito compulsivo pode ser substituído por outro com o passar dos anos.

Da mesma forma que em Igrejas há religiosos fundamentalistas que no passado foram alcoolistas sistemáticos, há pessoas que no passado foram obesas e hoje são vigoréticas, ou que no passado foram anoréticas e hoje são bulímicas, ou que eram viciadas em compras e depois se viciam em sexo ou em velocidade.

Em meio aos militantes de diversas causas, entre radicais de direita ou de esquerda, no meio de torcidas organizadas, entre fundamentalistas religiosos e entre viciados em compras ou workaholics, possivelmente há mais pessoas com transtorno afetivo bipolar do que na população geral.

O lado bom é que vira e mexe uma dessas pessoas destina seu excesso de energia para uma causa boa e traz melhoras para o mundo, mas o lado complicado é que elas podem sofrer muito durante os ciclos do humor e  podem afastar-se da família e dos amigos.

Possivelmente foi o que aconteceu com Tolstói…

Ao final do post coloquei uma cronologia e algumas referências para você saber mais.

A Morte de Ivan Ilitch

Trata-se de uma novela escrita em 1886, quando Tolstói estava com 42 anos.

Em minha opinião é um livro importantíssimo para toda a humanidade, mas é especialmente importante para estudantes da área de saúde.

A história começa com o funeral de um Juiz de Direito.

Como em todos os funerais, ali há curiosos, há gente que comparece por mera obrigação social, há colegas que já estão interessados em substituir o morto em suas funções e aqueles que estão de olho na partilha dos bens.

Esses aspectos por si só já dão ao livro um resumo do que Tolstói pensava da sociedade aristocrática de sua época, mas os pontos altos da narrativa são a relação médico-paciente e as respostas psicológicas à proximidade da morte.

Quem já passou por uma enfermidade potencialmente fatal ou se conectou com um parente durante este tipo de processo pode ter uma ideia do quão bem Tolstói conseguiu traduzir as frustrações, a revolta, o medo, a vergonha, a sensação de impotência, a solidão e por fim, o conformismo e a aceitação que caracterizam os meses ou dias finais dos que padecem de uma doença crônica debilitante.

Sinto-me particularmente atingida por esta novela porque acompanhei de perto últimos meses de vida do meu pai e porque sou testemunha do calvário de muitas pessoas com dor crônica cujas queixas são frequentemente subestimadas e mal manejadas.

Muitos pacientes crônicos são tratados pelos empregadores, família, profissionais de saúde e amigos como um ‘peso morto’.

As respostas psicológicas do doente crônico, a falta de sensibilidade de alguns médicos e a incompreensão da família também figuram como importantes personagens do livro.

Da mesma forma que ocorreu com o Sr. Ivan Ilitch, muitas vezes o paciente terminal só encontra conforto e compreensão em um empregado.

As reminiscências do passado, os questionamentos do que valeu ou não a pena viver, o arrependimento do que foi ou não feito, a extrema solidão e a relação com o cuidador foram elementos incluídos pelo escritor com particular acurácia.

Impressionante como uma obra tão curta seja tão rica e tenha tantos elementos para se discutir.

É uma leitura que recomendo para pessoas a partir de 16 anos.

CRONOLOGIA


1828 – Leon Tolstói nasce em uma família da nobreza russa. Aos 8 anos fica órfão de pai e mãe. É criado por sua tia Toinette e pela sua avó.

1847 – Tolstói recebe sua herança.

1847 a 1852 – (19 aos 24 anos) – Vicia-se em jogos de azar e bebidas alcoólicas, tem vida desregrada e acumula dívidas de jogo, sendo obrigado a vender propriedades para quitá-las. Nesta época funda uma escola para filhos de camponeses que laboravam em suas terras.

1851 a 1856 – (23 aos 28 anos) – Atua no Exército.

1851 – Escreve seu primeiro romance.

1855 – Vende outra casa da família para pagar dívida de jogos.

1859 – (31 anos) – Funda outra escola e se torna amante de uma camponesa casada, com quem tem um filho.

1861 – Por decisão do Czar Alexander II os camponeses passaram a ser livres e a ter o direito de possuir terras. Neste mesmo ano a Guerra Civil Americana começa.

1862 – (34 anos) – Casa-se com a adolescente Sofja (Sophie, Sonya, Sophia), sua parceira na literatura e mãe de seus 12 ou 13 filhos (as fontes que consultei divergem). Sofja organizava, corrigia, copiava e editava os manuscritos.

1869 – Finaliza Guerra e Paz, depois viaja para comprar mais terras. Durante estadia em Arzamas apresenta um surto depressivo grave.

1871 – Viaja para Samara e obtém nova propriedade. Tem novo surto depressivo grave.

1874 – Tia Toinette morre.

1875 – Tolstói perde o terceiro filho.

1877 – Finaliza Anna Karenina, onde há elementos de sua vida com Sofja e sua experiência com a morte de um irmão, falecido por tuberculose.

1878 – (50 anos) – Converte-se ao cristianismo, para de beber e fumar, passa a trajar roupas de camponês e torna-se pacifista, anarquista e vegetariano.

1880 ou 1883 – (52 anos ou 55 anos) – Sofja obtém os direitos sobre as propriedades da família.

1891 (63 anos) – Decide abrir mão dos direitos autorais dos livros que ainda viria a escrever. Após pedido da esposa e filhos, passa os direitos para a família.

1893 – O governo russo começa a perseguir Tolstói acusando-o de revolucionário perigoso. Por intervenção de uma tia, que argumentou que ele poderia ser transformado em mártir, Tolstói passa a ser tratado pelo governo como o maior gênio de toda a Rússia

1901 – (73 anos) – Em razão da publicação de ‘Ressurreição’, é excomungado pela Igreja Russa.

1902 – Escreve ao Czar pedindo que conceda liberdade ao país e evite uma guerra civil.

1905 – Tosltói condena o marxismo e a repressão imperial, defendendo que a reforma espiritual deve preceder a ação política. Em mesmo ano o Czar Nicholas II tentou conter a onda revolucionária garantindo ao povo o direito de reunir-se em assembleia e a liberdade de imprensa, o que não foi suficiente.

1907 – Chertkov, seu seguidor, recebe o controle editorial e financeiro das obras.

1908 – Tolstói está doente e acamado e escreve um testamento onde especifica que após a morte todos os direitos autorais de seus livros serão de propriedade pública e que ele deve ser enterrado na Floresta Zakaz.

1909 – Um novo testamento é feito (ou fraudado) dando a Chertkov todo o direito aos manuscritos e diários de Tolstói. Em mesmo ano, não consegui descobrir se antes ou depois, ele sofre um acidente vascular encefálico e fica com parte do corpo paralisado.

1910 (82 anos) – Deixa a família e decide viajar para Cáucaso e viver como um camponês. Sua filha Aleksandra, então com 26 anos, o acompanha durante a viagem. Como já estava muito debilitado, morre na estação de Astapovo.

Obs.: Na edição da Martin Claret consta que Aleksandra era médica, mas as outras fontes nada citam e relatam que ambos viajam em companhia de um médico.


Referências


http://www.lev-tolstoy.com/tolstoy-timeline.php

http://www.pbs.org/wgbh/masterpiece/anna/timeline_text.html

http://www.russia-ukraine-travel.com/leo-tolstoy.html

http://www.bipolarworld.net/Bipolar%20Disorder/Articles/art14.htm

https://www.biography.com/scholar/leo-tolstoy

 

 

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“Todo menino de 11 anos merece um tio Charlie”

A adaptação do livro de memórias BAR DOCE LAR de JR Moehringer para o streaming é cravejado de fortes doses de nostalgia e uma performance surpreendente de Ben Affleck.

Por @blogdamnq

Um bar seria o último lugar onde você educaria seu filho, certo? Não se você tivesse um irmão como o Charlie, personagem de Ben Affleck em The Tender Bar ( 2021 — traduzido para Bar Doce Lar).

É o oitavo filme de George Clooney como diretor e está disponível no catálogo da Amazon Prime Video.

O tio Charlie é uma pessoa que todos nós gostaríamos de ter em nossas vidas. Alguém que nos mostrasse a luz da sabedoria quando não tínhamos ideia do que fazer com os dilemas na adolescência.

O filme é baseado nas memórias de JR Moehringer, jornalista e escritor americano, vencedor do prêmio Prêmio Pulitzer de 2000, e personagem principal desta história em que conta como e por que se tornou um escritor.

Breve sinopse de Bar Doce Lar

Ambientado no início dos anos 1970 em Long Island,  a história abre com um menino chamado JR (Daniel Ranieri) em um carro com a mãe, enquanto ela dirige para a casa do avô.

JR é criado por uma mãe solteira que sofreu violência doméstica. Ela acredita que, apesar das dificuldades, o filho terá um futuro brilhante. Seu otimismo ajuda JR a ver as coisas de forma diferente na casa.

Ele gosta muito do tio Charlie, dono de um bar chamado The Dickens (em referência ao escritor Charles Dickens).

Quando a família descobre que o jovem JR tem talento para escrever, o tio Charlie o leva para uma sala cheia de livros e sugere que ele leia tudo o que puder.

Tio Charlie também compartilha sua sabedoria que gosta de chamar de ‘ciência masculina’.

Exemplo:

__ Por que você fica doente todo sábado de manhã, tio Charlie?

__ Eu não estou doente, é sábado de manhã, é isso que acontece com os homens num sábado de manhã… — responde, de ressaca.

Sei que isso parece péssimo, mas, acredite, tio Charlie ensina o que é certo ao garoto de um jeito bem espontâneo, sem brigas ou julgamentos.

A verdadeira história por trás de Bar Doce Lar

No filme vemos como um bar acaba se tornando a segunda casa de JR, um menino que fica sob a tutela do tio Charlie. Ali, um grupo de frequentadores se torna as principais referências de JR.

As memórias assinadas Moehringer, autor do livro, começam quando ele tinha oito anos, em 1974.

O pai, um DJ chamado Johnny Michael, abandonou sua mãe quando ele ainda era bebê e, segundo conta, o escritor conheceu vários “pais” ao longo da vida.

Entre eles estavam seu tio e os clientes do bar, “o único lugar onde se sentia seguro” e se percebeu como membro de uma comunidade.

O bar Dickens estava localizado em Manhasset, Nova York. Sua casa, onde morava com a mãe e os avós, ficava a poucos passos do local. Como Moehring se lembra, sentava lá e tomava um refrigerante. Enquanto isso, sua mãe ficava tranquila, porque confiava no irmão.

Em Bar Doce Lar a história de JR Moehringer é contada até os 20 anos de idade, incluindo seus tempos de faculdade e até conseguir um emprego no New York Times, onde começaria sua carreira como jornalista. Recomendo o filme fortemente.

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Dez dias em um Hospício

Por @meire_md

“As pacientes estavam azuis de frio, e cada minuto parecia durar quinze”

Nellie Bly é o pseudônimo da jornalista Elizabeth Jane Cochran (1864 – 1922), uma jovem de parcos recursos que aos dezesseis anos de idade escreveu uma carta para o editor do Jornal Pittsburgh Dispatch contestando de modo veemente um artigo que tratava a mulher como um ser limitado à lida doméstica.

O editor ficou tão impressionado com o conteúdo da mensagem que a contratou.

Mesmo sendo tão jovem e, em razão do falecimento do seu pai, não teve condições financeiras para finalizar seus estudos, Elizabeth produziu artigos densos e escreveu sobre temas polêmicos como jornadas exaustivas, péssimas condições de trabalho e baixos salários pagos às mulheres e crianças trabalhadoras.

Aos 23 anos e já bastante experiente, ela foi contratada pelo jornal New York World, cujo editor era nada mais nada menos que Joseph Pulitzer, sim, o cara do Prêmio Pulitzer.

Dez dias em um Hospício

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Em 1887 “Nellie Bly” aceita a proposta audaciosa do World: ela teria que simular insanidade mental para ser internada no manicômio da então Ilha de Blackwell —hoje Roosevelt Island — afim de investigar supostos abusos às pacientes ali confinadas.

Sem entrar no assunto coragem, já que o internamento em manicômios funcionava quase como uma sentença de morte ou uma prisão perpétua, o ato foi um feito surpreendente e muito a frente do tempo, pois o conceito de jornalismo investigativo só apareceu uns sessenta anos depois.

“Depois disso, comecei a ter uma consideração menor pela capacidade dos médicos, e uma maior pela minha. Agora, tinha certeza que nenhum médico saberia dizer se as pessoas eram insanas ou não, se o caso não fosse violento”

O livro ‘Dez dias em um Hospício‘ é um relato sumário porém detalhado da experiência da jornalista, que demonstrou que quando há interesses secundários é bastante fácil simular loucura e enganar pessoas recém conhecidas, médicos e profissionais do direito, convencendo-os sem muitas delongas de que apresenta insanidade mental.

Apesar da natureza do tema, a leitura chega a ser quase leve, sobretudo para quem já leu ‘O Holocausto Brasileiro’, de Daniela Arbex, que retrata uma situação bastante pior.

Vestida de modo simples, com centavos de dólar no bolso, sem bagagem ou documentos de identificação e negando saber onde morava, hospedou-se no Lar Temporário para Mulheres e antes do final da primeira noite não só a assistente da proprietária do Lar quanto as hóspedes estavam convencidas de que a moça era “lunática”.

Após passar por avaliação de mais de um psiquiatra e receber o diagnóstico de insanidade mental, foi encaminhada para internação.

Naquela época as pessoas eram frequentemente levadas aos hospitais por amigos e familiares. E eram basicamente enterradas vivas; poucas recebiam cartas ou visitas. A existência de manicômios em ilhas representava bem o quanto a sociedade desejava isolar-se das pessoas ditas insanas.

“Um dia, uma mulher insana foi trazida. Ela era barulhenta, e a srta. Grady bateu nela e a deixou com um olho roxo. Quando os médicos perceberam e perguntaram se aquilo havia acontecido antes de ela chegar, as enfermeiras disseram que sim”

Uma vez internada, presenciou o descaso de alguns médicos, a crueldade e sadismo de alguns profissionais da enfermagem e presumiu, com uma margem de erro possivelmente muito baixa, que algumas mulheres estavam presas ali por escolha de outras pessoas, ou seja, sem qualquer indicação médica genuína.

Mulheres que mudam o mundo não são as que odeiam homens, são as que amam a humanidade

Como resultado do seu trabalho, a cidade de Nova York destinou um milhão de dólares a mais por ano para os cuidados com as pessoas portadoras de transtornos mentais.

E ela não parou por aí. Minha edição conta com pequenos relatos de outros trabalhos que ela realizou infiltrada, com destaque para o trabalho numa fábrica de caixas.

E se fosse hoje?

Atualmente o quadro representado por Nellie, que não aparentava imputar riscos a si ou a terceiros e mais sugeria um episódio psicótico transitório, não indicaria institucionalização porque há medicamentos que permitem um controle domiciliar adequado.

Se a proposta ocorresse hoje, para conseguir ser internada sem um atestado falso, a jornalista teria que promover uma simulação de doença psiquiátrica com uma atuação teatral um pouco mais complexa, como a feita por pessoas que querem abrandar penas judiciais ou obter benefícios fraudulentos.

Vivemos em um período que, teoricamente, a internação é reservada para casos cujo manejo domiciliar não é possível.

Como ocorreu nos EUA, aqui no Brasil também foi graças à denúncia da imprensa que os horrores do Hospital de Barbacena, que ocorriam sob o olhar complacente da Igreja Católica, do Estado, dos diretores e dos profissionais do Hospital, foram expostos.

A luta antimanicomial, que foi encabeçada por médicos em todo o mundo e depois ampliada graças à inestimável participação profissionais que foram incluídos nos tratamentos das pessoas com transtornos mentais, chegou a um ponto de equilíbrio mas ainda há muito a se fazer.

Internar algumas pessoas com transtornos mentais ainda é uma necessidade.

Como diversas outras doenças, as mentais podem exigir internamento.

O que não podemos aceitar são as internações por quadros que, mesmo irreversíveis, sejam passíveis de estabilização ambulatorial, nem que os pacientes sejam tratados de modo desumano.

Novas ‘naus de loucos’?

Infelizmente estamos vivendo uma fase de proliferação de clínicas, muitas delas com apoio de Igrejas e médicos que por motivos que não cabem a mim teorizar, fomentam a institucionalização estupidamente prolongada de pessoas com histórico de consumo de drogas lícitas e ilícitas, excluindo-as da vida produtiva em sociedade mesmo quando já passaram da fase aguda da intoxicação.

Se nunca houve antes, tampouco hoje há qualquer amparo técnico para este tipo de segregação.

Vamos adiante.

Dez dias em um Hospício é um ótimo exemplo de livro interessante para ser colocado para a Alexa ler, pois o relato não é complexo e o nome das personagens, embora todos reais, nem precisa ser memorizado.

O relato da jornalista faz com que o seu cérebro desenhe a situação e coloque você ali, no ambiente, enxergando tudo através dos olhos dela.

Obrigada, Monique, pela indicação deste livro! ❤️

Ah, em janeiro de 2019 foi lançado um filme baseado na história real de Elizabeth Cochran: “Fuga do hospício — A História de Nellie Bly”, dirigido por Karen Moncrieff.

Outro livro da mesma autora é A Volta ao Mundo em 72 dias.

Beijos,

Meire

Caso você queira ler a minha resenha sobre “O Holocausto Brasileiro“, clique aqui.

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Pelos, por que tê-los?

Por @meire_md

Há muitas mulheres que preferem não remover pelos de uma região ou outra da face ou corpo e está tudo bem. Cada pessoa segue a rotina que acha mais interessante.

Faço as sobrancelhas, corto meus cabelos e cuido da depilação facial e corporal em casa.

A minha tesoura para cabelos vocês já conhecem, é esta aqui. Mantenho os cabelos da altura do ombro para baixo, sempre no estilo ‘long bob’. Aprendi a cortar sozinha vendo vídeos no YouTube.

Para fazer as sobrancelhas uso pinças da Enox — nunca consegui fazer com linha — e tenho mais de uma pinça porque por algum motivo há dias que umas funcionam melhor que outras.

Já tive as da Tweezerman, que hoje são super caras (devo ter uma bolando nas gavetas) e usei também as da Mavala, mas as únicas que recompro são as ‘Enox Prata/Dourado’, especificamente estas abaixo.

Para mim estas pinças são um mistério da natureza porque, em minha opinião, são melhores que as mais caras que já usei.

Como o Igor corta os cabelos e faz a barba sozinho, usamos várias ferramentas.

Quer conhecer todas?

Vamos por partes.

Começando pelas pernas

Fiz laser para eliminar os pelos das axilas, mas por uma coisa e outra acabei nunca fazendo nas pernas.

Tentei usar aparelhos elétricos para depilar as pernas na intenção de evitar o consumo de lâminas de barbear, mas as experiências não foram suficientemente boas — seja porque achei o processo dos aparelhos eficientes muito doloroso ou porque os aparelhos indolores, que apenas aparam, não entregam um acabamento do modo que gosto.

Depilar as pernas com cera ou com produtos químicos que dissolvem os pelos: sem chance. A cera irrita minha pele e os depiladores químicos contam com um cheiro que acaba descompensando minha asma.

Mas aí a pessoa analisa as coisas melhor, né?

Acabei percebendo que estava sofrendo por muito pouco porque um aparelho descartável da Gillette Vênus dura uma eternidade comigo e depois vai para a reciclagem.

Deslizo o Vênus nas pernas sempre aplicando antes a Espuma de Barbear Nivea Men Original Protect. Amo esta espuma.

Assim que finalizo a depilação, lavo a Gillette Vênus com água corrente, deixo que seque bem e guardo em local seco.

As lâminas simplesmente não oxidam. Uso uma vez por semana por vários meses. Faço o descarte mandando o aparelho para reciclagem junto com as embalagens de cosméticos.

Enquanto eu não fizer o laser nas pernas será assim.

🔥 Cosméticos abaixo de 50 reais

Área do biquíni

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Gente, amei esse jeito de me referir à região: ‘área do biquíni‘.

A delicada demanda local casou perfeitamente com o aparelho Pure Confidence Rechargeable Grooming Kit, que comprei no início de 2020, ou seja, está com dois anos de uso.

Ele é compacto, vem com bateria recarregável (carregador bivolt) e três cabeças, uma rotatória, a de detalhes — que parece uma pequena navalha — e o trimmer.

O aparelho vem ainda com dois adaptadores para as lâminas, o manual de instruções e um frasquinho de óleo para lubrificar as áreas cortantes.

Uso frequentemente este aparelho para a área do biquíni e quando ele quebrar, certamente comprarei outro. Nunca me deixou na mão e não me machuca.

Nos primeiros meses de uso depilei as pernas várias vezes com ele e até achei que daria certo continuar, mas a cabeça maior não deixa os pelos das pernas suficientemente curto e embora a cabeça de detalhes funcione porque corta o fio de modo bem rente, ela é pequena e acabo levando muito tempo para finalizar as pernas.

A cabeça rotatória é perfeita para parte dos pelos da face e uso umas duas vezes por semana. Mas ela não remove 100% dos pelinhos faciais. Eu gosto do rosto realmente livre dos pelos.

Aí acabo matando alguns pelinhos da face com navalhas.

Sim, navalhas.

Pelos Faciais… Tiro todos

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Já tenho algumas marquinhas próprias da idade e meus poros são dilatados, ou seja, o relevo da minha pele não é tão regular.

É por isso que gosto de manter toda a face sem pelinhos e costumo remover até as penugens que se acumulam nas laterais do rosto.

Na minha impressão a remoção das penugens deixa o rosto com aspecto mais liso. Sinto que o acabamento da maquiagem fica mais bonito.

Antes de encontrar as navalhas Schick Hydro Silk testei umas sem marca compradas em lojas de cosméticos e outra de uma marca bem popular aqui no Brasil, porém elas acabavam arranhando a minha pele ou dando bolinhas. Algumas já vinham basicamente sem corte.

Quando estava prestes a desistir e voltar a arrancar os pelinhos um a um com as pinças da Enox, pensei, não é possível que não exista uma navalha para uso caseiro de boa qualidade, com corte suave e sem irregularidades.

Aí fui navegando na Amazon e me deparei com as Schick.

Ainda estou no primeiro kit.

Cada navalha tem sua capinha de proteção e o kit vem com uma capinha extra que transforma a navalha numa peça menor.

As lâminas são mais delicadas, de excelente qualidade e não arranham a minha pele.

Mesmo sendo desastrada, consigo usá-las tranquilamente. Suavidade e tempo, lembram? Sejam suaves.

Após o uso lubrifico a lâmina com Óleo Jonhson’s e guardo na capinha.

Uma observação importante: só uso a navalha para remover os pelos que a cabeça rotatória do ‘Pure Confidence Rechargeable Grooming Kit não consegue remover e isto vale também para a região do buço.

Ainda não chegou o período de descartar a primeira, mas farei da mesma forma que fazia com as outras navalhas e como faço com as Gillettes Vênus: isolo a lâmina usando fita crepe e mando a peça para reciclagem junto com as embalagens de cosméticos.

Falando em fita crepe, como faço muitas coisas manuais em casa, uso bastante. A que compro é a Fita Crepe Adelbrás, que é bem econômica e vem num pacotinho com seis unidades. Sempre que vou mandar algo para reciclagem ou vou descartar algo no lixo que possa machucar os recicladores e os garis, enrolo com esta fita.

Agora vamos conhecer as ferramentas do Igor.

Barba, cabelos e bigode do senhor meu marido

Moramos em uma cidade muito quente e o meu marido, que é extra calorento e adora fazer caminhadas, prefere ser uma pessoa praticamente careca.

Isso torna o corte de cabelos muito fácil. Ele resolve a questão sozinho e usa o mesmo aparelho baratinho mistério da Natureza para aparar a barba.

O aparelho é o Cortador de Cabelos Mallory Mithos Power, que custou menos de setenta reais e foi comprado para substituir um outro da mesma marca que durou mais de dez anos.

O trimmer vem com quatro adaptadores, um óleo lubrificante e um pente. Esqueçamos da tesoura. Vem com ele mas não serve para muita coisa.

Quando os meses se transformam em anos, narizes e orelhas ganham pelos

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Igor comprou o ‘Aparador de Pelos Classic’ da Mondial e disse que funciona bem.

Mas como ele só tem três meses de uso, não sei informar sobre a durabilidade.

Sempre acho que essas coisas mais baratas vão durar pouco, mas acabo me surpreendendo.

Mas tem também a questão do zelo…

É preciso ler o manual de instruções dos produtos e fazer as manutenções indicadas.

Os aparelhos elétricos que mostrei aqui não podem ser usados em área úmida e precisam de lubrificação periódica.

Um beijo!

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“Será que me adapto ao Kindle?”

Por @meire_md

Este post é destinado a quem se pergunta se deve ou não comprar um aparelho Kindle.

Muitas pessoas  não se adaptam e isso pode ser o seu caso.

Vem comigo que vou dar várias dicas para que você faça os devidos testes gastando nada ou quase nada.

Os livros de papel vão desaparecer?

Não sei se um dia os e-books substituirão completamente os livros de papel… penso que vai depender das escolhas das próximas gerações.

Como amante dos livros de papel, obviamente desejo —e acredito — que eles não sejam extintos. Penso assim porque as experiências de leitura são muito diferentes. Muito, mesmo.

Na minha experiência de leitora assídua, um tipo de leitura não substitui o outro.

Tenho claramente setorizado o que prefiro ler em papel, o que vou ler em e-book e o que os meus dispositivos com Alexa vão ler para mim.

A maior parte dos e-books em formato Kindle pode ser lida por qualquer dispositivo com Alexa, inclusive a sua televisão, seu celular ou seu tablet.

Para alguns títulos mantenho tanto a versão e-book Kindle quanto a em papel. Cada formato cumpre uma finalidade.

Um exemplo recente da duplicidade é o ‘Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa‘, de Domingos Paschoal Cegalla.

Primeiro comprei a versão Kindle tencionando folheá-lo nas madrugadas curiosas, mas vi que seria um livro muito interessante para ler no modo ‘estudo’, aí adquiri a versão em papel também.

Quando estou no ‘modo estudo’ gosto de usar caderno, lápis, marca-texto e muitos post its.

Minha história de amor pelo Kindle

Uso os dispositivos Kindle há cerca de 11 anos — estou no terceiro aparelho — porque gosto da praticidade, da economia gerada e, principalmente, do fato de poder ler no escuro do quarto sem incomodar meu marido.

O certo é que o consumo de e-books aumentou consideravelmente a regularidade das minhas leituras.

Mesmo sendo muito ocupada, graças aos e-book Kindle consigo ler muito mais porque posso aproveitar o tempo perdido no trânsito, na recepção de um dentista, no intervalo do almoço e principalmente os momentos antes de dormir e logo após acordar.

Basta abrir o aparelho Kindle ou o aplicativo Kindle no celular para ter uma biblioteca à minha disposição em qualquer lugar.

Como você pode testar sua adaptação sem comprar o aparelho Kindle?

Primeiro passo

Fazer uma conta (gratuitamente) na Amazon.

Dica importante: use uma senha diferente da que você usa no seu e-mail, ok?

O seu acesso na Amazon e em tudo que for relacionado a ela vai ser o seu e-mail e a senha exclusiva que você criou para a plataforma.

Segundo passo

Instalar — também gratuitamente —  dois aplicativos no seu celular ou tablet: o App Kindle o e App Alexa.

Aí você loga nos dois aplicativos usando o e-mail cadastrado na Amazon e a senha exclusiva criada lá no site.

Pronto.

Sem gastar absolutamente nada você já tem um ou mais dispositivos equipados com o leitor Kindle e com a Alexa.

Agora vamos fazer nossos testes lendo totalmente de graça

A primeira forma de ler completamente de graça é escolher um e-book gratuito dentro da sua conta da Amazon.

Que tal baixar o impagável e surpreendente “Memórias Póstumas de Brás Cubas?”

Você vai dar dois cliques no retângulo Kindle R$ 0,00.

O livro vai ser enviado para o aplicativo e ficará disponível na sua Biblioteca Kindle.

Na barra inferior do aplicativo Kindle há o ícone BIBLIOTECA:

O livro recém adquirido vai aparecer na sua Biblioteca.

Assim que ele for selecionado com um clique, o download ocorre automaticamente e você já pode começar a lê-lo.

Ao dar um clique no meio da página inteira (como a página acima), você verá opções de aumentar a letra, ou usar um marcador para a página, por exemplo, bem como um passa páginas para folhear para frente ou para trás como fazemos com um livro de papel:

Clicando na página que está no modo navegação, você volta para o modo leitura. Para passar as páginas, basta fazer um movimento de arrastar da direita para a esquerda e para voltar, basta fazer o movimento contrário (como se estivesse passando os stories do Instagram).

Ao selecionar uma parte do texto, você pode marcá-la como se estivesse usando um marca-texto, registrar uma anotação, copiar o trecho, compartilhá-lo, fazer uma pesquisa sobre ele ou até traduzi-lo, por exemplo.

Agora vamos fazer um teste ouvindo o livro que baixamos de graça através do app Alexa

Você vai abrir o seu aplicativo Alexa e clicar no ícone Reprodução.

Desça um pouco a página que você verá a BIBLIOTECA KINDLE.

Clique no livro escolhido e selecione onde quer que ele seja lido.

Pronto: A Alexa vai começar a ler o livro para você desde o início ou a partir do ponto que você parou a leitura no seu app Kindle.

Se você quiser dar algum comando de voz, toca no ícone azul e fala com ela. Alexa, faça coisa tal. Mas lembre-se, isso é só um teste para você sentir como funciona. O App não tem a performance dos dispositivos Echo.

Os trechos que você marcou e as anotações que você fez durante a leitura podem ser exportados para que você tenha o seu resumo.

Dê um clique em qualquer página do livro e escolha o ícone que tem formato de folhinha de caderno. Pronto, clicando nela e tem acesso ao seu resumo.

No app você pode escolher o formato para exportar. O aparelho Kindle manda PDF prontinho no seu e-mail, o que facilita muito para quem vai fazer resenha ou usa o Kindle para estudar.

Faça os seus testes com gêneros que você costuma ler.

Eu, por exemplo, não gosto de ler livros didáticos pelo Kindle e há livros que faço questão de ter em papel, como os da Editora Dark Side e as HQs (só leio HQ pelo Kindle quando são muito caras ou quando não existe mais a versão em papel), por exemplo.

Parece interessante?

Então talvez seja o caso de adquirir um aparelho Kindle, mas considere testar por algum tempo.

Vamos agora para os meios de fazer leituras Kindle de modo pesado com custo anual muito baixo.

Leituras de baixo custo usando as assinaturas da Amazon

A Amazon tem dois tipos de assinaturas que beneficiam pessoas que gostam muito de ler.

Tenho as duas e uso pesadamente ambas.

Se você planeja aumentar sua frequência de leitura, as assinaturas são um ótimo caminho para economizar.

Vou falar um pouco sobre cada uma e qual eu escolheria se só pudesse ter só uma, ok?

1. Assinatura Kindle Unlimited

A assinatura Kindle Unlimited custa R$ 19,90 por mês — mas sempre há promoção com valores menores nos primeiros três meses — e pode ser cancelada a qualquer momento.

Ela é um sistema de empréstimo e funciona de modo muito simples.
Você pode acessar o catálogo diretamente pela página da Amazon, procurar o livro que quer, baixar e ler, ou topar com um livro catalogado quando está fazendo uma busca qualquer no site.

Você pode ir pegando outros até o limite de 10. Ai vai devolvendo e pegando outros de modo infinito. E pode ficar com os livros por quanto tempo quiser, sem limites.

Não sei se ocorre com todo mundo, mas já cheguei a ficar com 28 livros ao mesmo tempo até a Amazon pedir que eu devolvesse um para poder pegar outro.

Vou pegando, lendo e espero. Quando é o caso, vou devolvendo alguns.

Quando é um livro que quero ficar para sempre, compro —isso aconteceu por exemplo com ‘Flores para Algernon’, que quero manter na minha Biblioteca para sempre.

Devolver é tão fácil quanto pegar: basta selecionar o livro e escolher a opção de devolver.

O catálogo Kindle Unlimited é bem extenso e conta com livros de diversos gêneros, inclusive ficção científica clássica e finanças pessoais.

A desvantagem é que há muitos livros de qualidade bem duvidosa, mas os usuários tendem a reportar os problemas e a Amazon remove os títulos.

Para decidir se faz sentido para você, navegue pelo catálogo.

Gosto desta assinatura porque leio bastante e tenho a oportunidade de me expor a leituras rápidas de títulos que eu preferiria não precisar comprar para ler.

Sinto-me como estivesse em uma Biblioteca, pois posso também pegar um livro apenas para folhear ou tirar uma dúvida.

2. Assinatura Amazon Prime

O Amazon Prime é um mistério da Natureza e sinceramente não entendo como pode custar tão pouco se dá acesso a filmes, séries, músicas, livros, jogos, revistas e a frete grátis para incontáveis produtos.

Além da Amazon conceder um mês grátis, o custo mensal é de apenas R$ 9,90.

Nem preciso dizer que se tivesse que escolher apenas uma assinatura para ter, seria ela.

Como faço compras de supermercado e muitos itens de uso pessoal, para casa, livros e presentes pela Amazon, pagaria essa assinatura mesmo que só desse direito ao frete grátis. Minha assinatura se paga diversas vezes em um mês só.

Considerando o interesse por e-books, o catálogo Prime Reading é bem menor do que o catálogo do Kindle Unlimited, mas o  empréstimo dos livros funciona da mesma forma.

Você pode buscar diretamente no  catálogo  ou aproveitar o empréstimo quando está buscando um livro que quer e é surpreendido pelo selo de que pode ser lido sem custos adicionais.

Se você escolher o Amazon Prime, aproveite e baixe o aplicativo ‘Prime Vídeo’ para o seu celular/tablet e comece a ver séries e filmes.

Bônus

Uma outra forma de usar o aplicativo Kindle sem gastar nada é converter um livro que você já tem em PDF e enviá-lo para o seu aplicativo Kindle.

É muito simples. Primeiro você precisa descobrir para qual endereço de e-mail você vai enviar o seu PDF.

Na barra inferior do app Kindle clique em MAIS, depois em CONFIGURAÇÕES.

Lá você encontrará ‘Endereço de e-mail Enviar para o Kindle’. É um endereço que junta o seu e-mail com um código e termina com @kindle.com

Como você já está nas CONFIGURAÇÕES, aproveite e marque a opção ‘Mostrar documentos pessoais na biblioteca’.

E, caso queira, pode também mudar o nome do seu dispositivo. Quando temos vários com Kindle é bem interessante que cada um tenha um nome identificável.

De posse do endereço (…)@kindle.com, você abre o seu e-mail e envia o PDF para lá, colocando a palavra CONVERT na barra de assunto.

Pronto.

Se o PDF não tiver restrições que impeçam a conversão, ele será transformado no formato KINDLE e enviado para o seu dispositivo em segundos.

Explore os aplicativos e explore também o setor dos seus dispositivos dentro da página da Amazon.

Se você quiser testar a leitura via notebook, basta acessar o site Kindle Cloud Reader.

E aí?

Se é normal para mim imagino que seja para outras pessoas. Eu me concentro melhor com alguns livros quando os leio em papel, porque sinto necessidade de ficar voltando as páginas ou de produzir uma escrita manual nas páginas.

Não é preciso eliminar a necessidade de ler diretamente no papel para gostar de e-books. Como falei acima, são experiências diferentes.

O aparelho Kindle tem muitas vantagens em relação ao celular ou tablet, já que estes dispositivos têm um tipo de iluminação nada adequada para a saúde dos nossos olhos.

O Kindle é puro conforto. A tela  foi desenvolvida para proporcionar uma leitura similar à do papel. Além disso, você fica longe das redes sociais e do whatsApp, o que proporciona uma possibilidade muito menor de interrupção da leitura por distração.

Costumo colocar a Alexa para ler livros que quero revisar, livros que já li há anos mas quero resenhar e preciso relembrar algumas coisas,  livros sobre temas que já domino parcialmente bem e livros de contos.

Já os livros didáticos, HQs e livros cujas edições são especiais ou ilustradas, prefiro os de papel.

Se os testes com o celular não forem satisfatórios, é melhor você não comprar o aparelho Kindle.  Ele correrá um sério risco de ficar encostado.

Como tem sido sua rotina de leituras?

Um beijo,

Meire

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Saiba como fazer a Alexa ler livros para você

Vale a pena assinar Amazon Prime?

Além de Frete GRÁTIS ilimitado em milhões de produtos elegíveis, ao ser membro Prime você tem acesso a filmes, séries, músicas, eBooks, revistas, jogos e muito mais em uma única assinatura, por apenas R$ 9,90/mês. Assine agora mesmo!

 

 

 

 

 

 

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Claraboia | José Saramago

‘Só os olhos negros, profundos nas olheiras maceradas de diabética, eram paradoxalmente belos, mas tão graves e sérios que a graça não morava neles’

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Por @meire_md

O livro Claraboia foi finalizado por Saramago em janeiro de 1953, quando ele estava com 30 anos de idade.

Claraboia foi recusado pela editora e engavetado por décadas e, embora tenha sido resgatado bem antes da morte do autor,  só foi oficialmente publicado mais de um ano depois.

Teria sido a transcrição de um escandaloso trecho deA Religiosa‘ de Diderot a causa da recusa do preciosíssimo datiloscrito? A desconfortabilíssima cena de Justina e seu marido? Ou um dos nada pequenos temperos eróticos introduzidos aqui e ali?

De um modo que não me recordo exatamente e pouco antes de Saramago morrer, uma cópia digital de Claraboia — que rapidamente passei para o Kindle — veio parar em minhas mãos.

Em 2016 li novamente e achando pouco, recém comprei a edição da Companhia das Letra e li a adorável novela mais uma vez.

O narrador de Claraboia é onisciente/onipresente e faz pouco juízo de valor: afora as características físicas e o perfil psicológico das personagens, ele se foca em descrever com precisão extrema o que um e outro personagem vê ou sente.

Extrema,  mesmo.

A narrativa é linear e os acontecimentos daquelas famílias que eventualmente se cruzam são simultâneos, portanto os fragmentos de seu cotidiano surgem de modo alternado e não separados em ‘contos’ individuais como os escritores costumam fazer.

As elas e os eles vigiados através da Claraboia

Justina, uma diabética  amarga e atormentada pela morte da filha, vive uma relação de cárcere com Caetano Cunha.

O retrato desgraçado de muitos casais mundo afora é escancarado por uma das cenas que pode ter promovido a recusa do livro na década de 50. Pobre Justina, carrega nas costas a sina de muitas mulheres.

Silvestre e Mariana, idosos fofinhos e sem filhos, são um oásis em meio aos infortúnios que caracteriza boa parte das famílias. De boa índole, carinhosos, carismáticos e compreensivos, por motivos econômicos sublocam um quarto e acolhem o errante Abel,  com quem trocam afeto e discussões filosóficas.

mascara de beethoven

Adriana e Isaura, irmãs solteiras e filhas de Cândida, trabalham para sustentar a mãe e a tia Amélia. A rotina e a solidão que levam Isaura a violar o que é mais sagrado em uma família são quebradas, ao menos temporariamente, pelos serões de música clássica.

“Quando Maria Cláudia entrou, as sombras da cozinha saíram. A rapariga lembrava a capa colorida de uma revista americana, destas que mostram ao mundo que na América não se fotografam pessoas ou coisas sem que, previamente, se lhes aplique uma demão de tinta”.

Anselmo e Rosália têm um casamento tão igual quanto qualquer outro que gira em torno da prole, nem bom nem ruim, apenas normal.

Maria Cláudia, adolescente com hormônios à flor da pele e personalidade meio libertina, meio cruel, deixa um enigma para o leitor. Infelizmente só saberíamos o desenrolar se Claraboia tivesse sido publicada antes da morte de Saramago e por clamor público ganhasse um volume II. Eu clamaria.

Dona Carmen, uma espanhola borderline, nos deu Henriquinho, um menino doce e carente. Ciumenta e do tipo que sofre e faz os outros sofrerem, não mede limites para atingir o marido, que se vê em intenso conflito existencial.

Dona Lídia, balzaquiana que buscou o caminho supostamente mais fácil (ou pelo menos é assim que seus vizinhos a veem) para sustentar-se, odeia a mãe justamente por ser tão aproveitadora quanto ela. Seu amante, obeso e rico, pode sumir de seu domínio a qualquer instante, motivo pelo qual ela cede aos seus caprichos. Mas só até certo ponto.

Recomendo fortemente

É um livro que não posso deixar de recomendar para quem é fã de Saramago (sim, fiquei imaginando-o bem novinho datilografando as mais de 200 páginas e dando vida a seres tão complexos) mas tendo a recomendá-lo mais frequentemente para quem não gosta do estilo que tornou o autor mais conhecido.

O saramaguear ainda não existia quando ele tinha 30 anos: o texto é todo trabalhado com vírgulas, pontos e parágrafos e sem o brain storm que os fãs dele amam.

Claraboia já apresente a semente do humor inteligente de Saramago.

Beijos,

Meire

*Créditos da Foto: Jornal da USP

 

 

 

 

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A Guerra dos Mundos | H. G. Wells (1898)

Por @meire_md

“As formigas constroem cidades, vivem suas vidas, passam por guerras, revoluções, até que os homens decidem que elas têm de sair do caminho, e elas saem. É isso que somos agora. Formigas (A Guerra dos Mundos)”

 

Herbert George Wells (1866–1946) foi um escritor nascido na Inglaterra que, a exemplo de muitos autores de ficção científica, começou a se interessar pelo gênero na adolescência.

O primeiro um conto de H.G Wells (“The Chronic Argonauts”) foi escrito quando ele estava com apenas 22 anos de idade e tão logo publicou o primeiro livro —  ”A Máquina do Tempo” (1895)—, ganhou status de celebridade literária.

O pioneirismo de ‘A Guerra dos Mundos’

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Três anos depois da publicação do primeiro livro, H.G. Wells lançou a “A Guerra dos Mundos” (1898), a primeira* história que retrata uma invasão alienígena hostil ao Planeta Terra. É uma história extremamente satisfatória para os amantes da ficção científica. 

Muitos nerds gostam de entender de onde as coisas vêm e como e por quais motivos funcionam. Diversos clichês que vemos hoje em alguns filmes são repetições ou releituras de ideias que partiram dos caras lá de trás. Gênios.

Em 1898 não existia avião e a indústria automobilística era quase uma criança.  Toda a extrapolação que H.G. Wells fez é incrível até hoje.

Para criar a história ele se utiliza de conhecimentos de Astronomia, Teoria da Evolução e microbiologia. 

Invasão “verídica”

Quarenta anos depois da publicação de ‘A Guerra dos Mundos’— nesta época H.G.Wells estava com um pouco mais de 70 anos — uma rádio americana fez uma encenação radiofônica da história, transmitindo-a em forma de documentário.

As pessoas pensaram que a invasão estava acontecendo mesmo.

Parte da população entrou em pânico e, até a confusão ser desfeita, muitas famílias haviam fugido para áreas remotas.

Posteriormente a história foi também transmitida pela BBC, gerou filmes,  séries e inspirou muitas outras obras.

Alerta: Spoilers a partir daqui

“Contudo, tão orgulhoso é o homem, tão cego por sua vaidade, que nenhum escritor até o fim do século XIX expressou qualquer suspeita de que vida inteligente poderia ter se desenvolvido no espaço distante, ou mesmo em qualquer lugar além do âmbito terrestre”

A História se passa nos últimos anos do século XIX , é ambientada na Inglaterra e só se reporta a outros países quando cita a chegada de ajuda humanitária.

“Quem nunca viu um marciano vivo não pode imaginar a estranheza e o horror de sua aparência”

O narrador inicia seu relato com previsões sobre o futuro da Terra, tece comentários sobre as limitações do Homem — incluindo sua responsabilidade na extinção de animais como o Dodô e os bisões e no genocídio de tasmanianos — e reporta que durante dez dias seguidos os observatórios captaram clarões vindos de Marte, mas não deram a devida importância até que os cilindros, que aparentemente carregavam algum tipo de vida, começaram a ser encontrados.

As baixas humanas começam antes que todos os cilindros fossem ativados mas parte das pessoas reagiu inicialmente ao perigo de modo quase inerte; elas tiveram o mesmo tipo de reação à Pandemia que ocorreu aqui no Brasil. As impressões foram registradas pelo narrador enquanto outras buscaram isolamento em áreas mais distantes.

Enquanto defende-se dos riscos, o narrador encontra pessoas e enriquece o relato com dados extraídos de jornais e de estudos publicados posteriormente, como a descrição anatômica e fisiológica dos marcianos.

Por volta da abertura do sexto cilindro — eles eram ativados a cada 24 horas — já havia um cenário apocalíptico que hoje estamos habituados a ver em filmes.

“Perambulei como um demente”

No décimo quinto dia de Guerra nosso narrador estava praticamente sozinho e sem notícias de sua esposa.

O fechamento da história não poderia ter sido mais científica do que foi. 

Uma pequena observação sobre o Filme Guerra dos Mundos (2005)

Guerra dos Mundos | Steven Spielberg admite que o final do filme “não é bom”

O filme dirigido por Spielberg honrou o livro mesmo tendo sido ambientado em outro continente e inserido personagens novos; um deles é uma espécie de mosaico de três personagens originais.

Os marcianos de H. G  são biologicamente mais interessantes e o filme ignorou algumas discussões políticas e filosóficas levantadas no livro, mas nada disso, em minha opinião, reduz o valor do filme.

H. G. Wells era fascinado pelo recém inventado microscópio, que mesmo discretamente,  parece inspirar elementos da história original. Spielberg manteve essa chama.

 

Observação:

*Em “Micrômegas” Voltaire descreve uma visita de alienígenas à Terra, mas como observadores filosóficos. Esta informação está no Prefácio de minha edição (Suma das Letras).

Para saber mais sobre H.G Wells:

Biography

 

 

 

 

 

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Mais uma página da minha biografia

Por @gomuyoda

Nenhum Baby Yoda que vive em minha Galáxia natal consegue escolher a família que o adotará: o processo é completamente aleatório.

Isso pode parecer bastante assustador, mas acreditem em mim, assustador mesmo seria continuar vivendo em uma Galáxia que insiste em se esconder da paz e que parece ter perdido o amor pelo barulho do silêncio.

Não foi por mera expectativa de diversão que tantas crianças geriátricas da raça Yoda, as mesmas que nasceram durante o boom do evento assexuado que possibilitou a gravidez da saudosa Shmi Skywalker (que a Força a tenha)  aproveitaram a oportunidade gerada pela série The Mandalorian‘  e fizeram a inscrição para viajar.

Eu não pensei duas vezes.

Perdoem meu desconhecimento, mas quando eu soube que todos os que se manifestaram favoravelmente viriam para o Planeta Terra, até onde sei isso foi uma sugestão de George Lucas,  fiquei bem confuso. Eu nunca havia ouvido falar do tão famoso pálido ponto azul.

A pouca Geografia que eu conhecia até então é a que está resumidamente exposta no meu Atlas Galáctico (até hoje confundo luas com Planetas, geografia nunca foi meu forte).

Não tive medo

Quando você participa de uma experiência tão revolucionária assim podem acontecer coisas imprevisíveis, mas tão logo os primeiros Yodas fizeram a viagem no Tempo, descobrimos que nenhum sofreu danos físicos ou mentais.

Décadas em um ponto de uma Galáxia podem equivaler a uma fração de segundo em outra. Creio que a Disney tenha investido bastante na tecnologia que possibilitou nossa viagem, pois a mamalorian e o papalorian me falaram que o custo repassado para eles foi muito pequeno.

Todos os bebês chegaram corados, passando muito bem; desconheço um só  que tenha perdido peso durante o trajeto e muitos deles já estão bastante familiarizados com os modos terráqueos, como o estranho hábito de se expor em redes sociais.

Falei um pouco sobre  a minha adaptação neste post.

Como criança contemplativa que sou, descobri muitas outras vantagens de viver por aqui.

Mais sobre a minha adaptação

Confesso que vim com a intenção de ficar por, no máximo, uns setenta e cinco anos, mas pelo andar da nave não volto até que me reúna à Força.

Estou amando o Instagram.

Considerando o quão superpovoado é o Planeta Terra, são poucas as pessoas que me seguem, porém elas me dão like, compartilham meus Reels e dizem o quanto sou fofo. Eu nunca tinha visto isso, é fofura em cima de fofura.

Durante uma consulta de rotina com minha pediatra geriátrica, uma togruta delicadíssima que aceitou sem pestanejar fazer meus atendimentos de modo remoto porque cuida de mim desde que eu tinha cinco anos, descobrimos que sou naturalmente resistente aos microorganismos terráqueos.

Foi uma grata surpresa saber que nunca terei certas doenças.

A mamalorian é bem preocupada com doenças, ela está sempre atenta à saúde das pessoas que ama. Pensar que não vou ser uma preocupação em sua vida me dá bastante tranquilidade.

Outra coisa  bem curiosa que descobri é que os terráqueos, com raras exceções, não comem animais vivos.

Precisei me adaptar, o que foi bastante fácil.

Quando não há escassez de alimentos você não precisa se alimentar de modo não socialmente aceito.

E o Treinamento Jedi?

Nada que se aprende é perdido.

Continuo recebendo minhas aulas online e o delay é mínimo, mesmo  com o conteúdo viajando no tempo.

Um dia desses  meu professor de meditação disse leite de batha e eu escutei dente de faca. Caí na risada e perdi a âncora da meditação, mas no geral consigo entender tudo.

Como estou no futuro passo por esses perrengues, mas até a data da minha formatura certamente os programas de comunicação instalados nos chips intergaláctico-temporais que foram implantados na minha região occipital receberão novas atualizações remotas e os erros serão mais raros.

Sim, chips. Cada um tem uma senescência programada de 500 anos, mas por medida de segurança foram instalados quatro em cada bebê que foi enviado para a Terra. Três deles ficam desativados; o segundo será ativado automaticamente tão logo o primeiro sofra algum dano e assim sucessivamente.

Grade Curricular

Afora as disciplinas básicas de História, Geografia, Biologia e Tecnologia da Galáxia, estudamos Matemática  Universal, Física Universal (só o Papalorian que me ajuda nas duas últimas), Psicologia Jedi I e II, Resiliência & Paciência I, II, III, IV, V e VI,  Aprimoramentos em Meditação, Táticas de Diplomacia inter-étnica e Estratégia de Adiamento de Guerras, por exemplo.

A grade curricular é bem extensa e conta também com atividades paradidáticas, como caligrafia telepática, aulas de dublagem, guitarra e bateria.

A caligrafia telepática tem sido bastante útil para os baby Yoda que postam  no Instagram.

Sugeri que seja criada uma disciplina de Montagem de Lego, creio que este brinquedo terráqueo tem ajudado muito a melhorar a minha coordenação motora.

Meus pais têm vários kits, inclusive a Millenium Falcon,  mas três  são só meus, o LEGO® BrickHeadzTM Star WarsTM O MandalorianTM e A Criança, o LEGO® Star Wars Mandalorian Battle Pack 75267 Mandalorian Shock Troopers and Speeder Bike Building Kit e o LEGO® Star WarsTM Duelo em MandaloreTM, que tem minha amada Ahsoka.

Serviço Jedi Obrigatório

As crianças sensíveis à Força não são obrigadas a participar do treinamento e as que participam não são obrigadas a lutar fora do ambiente controlado de estudo.

Muitas famílias escolhem entregar as crianças ao Treinamento para que tenham uma melhor qualidade de vida, acesso a bons professores e a uma formação ética exemplar.

Viver numa ilha de paz tem feito com que eu repensasse meus valores.

Servir como Jedi foi um sonho. Foi, não é mais.

Converti-me ao movimento Rastafári. Não me vejo disposto a matar ou morrer.

Acho que deixar a Galáxia não foi coincidência, foi destino.

Pensei que a Escola fosse me dispensar para dar vaga a outra criança, mas  o Conselho definiu que posso ficar até quando quiser.

Que a Força Esteja com Você!

Gomu Yoda.

PS.: Hoje é aniversário da  mamalorian!
Feliz Aniversário, Mama Linda!

 

 

 

 

 

 

 

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O reforço malar no controle do melasma

Por @meire_md

Este post é para quem tem intenção de reduzir o aspecto escuro do melasma malar de uma forma, segundo as vozes da minha cabeça, mais rápida e eficiente.

Se você leu ‘Meire, como o seu melasma clareou?’ e ‘Lista de produtos usados no tratamento do melasma’, viu que meu melasma é refratário, mas segue em uma longa fase de acalmia.

Para quem está chegando agora: o melasma da minha testa é praticamente imperceptível e tenho manchas leves nas duas bochechas, porém a rede de vasinhos é bem exuberante, inclusive nas asas do nariz e no queixo.

Acredito fortemente que meu velhíssimo hábito de fazer reforço malar — são 15 anos de melasma — contribui muito com o controle da pigmentação, pois a região das minhas bochechas foi bastante castigada pelo sol e inflamava/pigmentava com muita facilidade.

Venho deixando a maquiagem do rosto todo cada vez mais leve, mas continuo dando uma atenção especial à região malar.

Mas o que é reforço malar?

É qualquer técnica — você pode inventar a sua — que acumule filtros solares e óxidos de ferro na região malar de forma a produzir um escudo opaco que reduz consideravelmente, acredito, a possibilidade da região ser atingida pela radiação UV e pela luz visível.

A combinação de produtos depende do gosto de cada um: protetor solar, protetor solar com cor, bastão fotoprotetor com ou sem cor, base de alta cobertura, corretivo, blush cremoso ou em pó

É reboco que chama? Sim, porém pontual.

Em minha opinião o blush é um elemento importantíssimo para o reforço malar não só porque camufla a diferença da cobertura quando comparada às outras regiões do rosto, mas por ser rico em óxidos de ferro, que são pigmentos que sabidamente reforçam a barreira contra a luz solar.

Vou dar umas dicas gerais de como você pode começar a criar a sua técnica e logo mais mostro como faço atualmente, tá?

Como começar a fazer o reforço malar?

1. Aplicar o protetor solar sem cor em toda a face em quantidade correta.

Lembretes:

Se for protetor solar líquido — aplicar duas a três boas camadas sempre esperando que cada uma seque um pouco antes que a seguinte seja aplicada.

Se for protetor solar cremoso— aplicar conforme a regra descrita pelo fabricante, no geral a quantidade é um pouco menor do que a exigida para protetores fluidos.

Se for protetor solar em bastão — dar 8 deslizadas por área a ser protegida (quatro indo e quatro voltando) e depois arrumar com o dedo.

2. Aplicar uma maior quantidade de protetor solar nas bochechas. Siga seu instinto que dá certo.

Com pouco tempo isto ficará automático e você saberá a quantidade ideal para o seu caso.

Você pode fazer o reforço com o mesmo protetor solar que já usa ou com outros mais resistentes, como os voltados para a prática esportiva. O 5km da Pink tem um excelente custo-benefício.

3. Cobrir o rosto com base ou protetor com cor, buscando não arrastar o protetor solar que está embaixo.

Você pode aplicar a base dando batidinhas com as mãos ou usando uma esponja específica para maquiagem.

As minhas favoritas são as duas da Mariana Saad, tanto a Flat Blend Vinho quanto a Sister Blend Vinho.

4. Camuflar o melasma da região que vai receber o blush com base de alta cobertura e/ou corretivos nas texturas que preferir (com ou sem FPS), mas que preferencialmente tenham fundo amarelado ou salmão e que sejam um pouco, um pouquinho só, mais escuros que sua pele.

Com estas escolhas a quantidade de produto necessária para cobrir a mancha tende a ser menor e você se livra do aspecto acizentado produzido pela tentativa de clarear a região.

Ao usar um corretivo mais escuro que sua pele, porém mais claro que a mancha, você chega a um ‘consenso’ de cores: elas brigam menos.

5. Se você precisa usar pó fixador, aplique onde julga necessário, espere trinta segundos a dois minutos e dê tapinhas com as mãos bem limpas para que todo o excesso seja removido.

Não removo o excesso de pó fixador com pincel porque o uso das mãos me ajuda a perceber se há alguma área ainda úmida e preenche melhor os poros, mas se você não gosta, use pincel.

6. Aplicar blush generosamente (‘leve chinelada’) dando toquinhos delicados na região malar com um pincel macio ou com a bundinha da Sister Blend Mariana Saad.

Espere o blush descansar alguns segundos, coisa pouca. Depois dê mais tapinhas com as mãos limpas para esmaecer a cor e fazer com que ela ‘entre’ nos produtos anteriores.

Com o tempo e a prática o escudo acaba ficando bom e o processo todo fica bastante rápido.

Quando a pele das outras regiões está levinha e a parede malar está camuflada por trás do blush, praticamente não se percebe que há uma parte ‘pesada’ protegendo o melasma.

Para o acabamento ficar bom não há mesmo muito segredo, você precisa treinar a mão. No meu caso os tapinhas fazem mais diferença do que usar produto caro ou barato.

Como faço o reforço malar e que produtos uso

Não foque nos produtos que uso.

O importante é você compreender o espírito da coisa e adaptar-se aos produtos que tem em casa.

Faço o reforço malar de acordo com a necessidade e o meu tempo, então tenho duas técnicas para os dias normais e uma técnica para os dias de guerrilha.

Com o tempo você vai fazer isso rapidinho e de olhos fechados.

Reforço malar para os dias normais – Técnica 1

a) Após aplicar o protetor solar na face, reforço a proteção malar dando mais algumas passadas do Shiseido Clear Stick UV SPF50+(compro onde estiver mais barato, vou também aqui).

b) Diluo a base líquida MAC Studio Fix Fluid (tem na Amazon, BeautyBox, na Beleza na Web e na Sephora) com um pouco do Prep+Prime Oil MAC e aplico uma camada fina no rosto todo usando a Esponja Flat Blend da Mariana Saad.

Obs.: Minha cor é a NC12.

c) Venho com a canetinha Shiseido White Lucent Onmakeup Spot Correcting Serum FPS 25 na cor natural light/natural clair (também disponível aqui) e faço a cobertura do melasma malar.

O corretivo dessa canetinha tem fundo amarelado e é mais escuro que minha pele, então casa perfeitamente com o bjetivo. Ele não marca meus poros e gosto de usá-lo nas olheiras também.

d) Depois que dou batinhas na base e no corretivo para minimizar qualquer acúmulo de produto nas linhas e poros, fixo toda a pele com pó fixador.

Em razão do uso de máscaras (prefiro a Aura porque tenho asma e das que testei é a mais confortável para respirar) tenho usado apenas os fixadores brancos.

Os meus pós fixadores brancos favoritos são basicamente os mesmos de sempre. Como uso diariamente, abro vários de uma vez só.  Dou preferência aos aplicadores de tecido porque acho que economizam produto.

Como regra geral os pós fixadores mais grossinhos fixam melhor e os pós delicados produzem um acabamento mais bonito.

Os brancos que estão na minha bancada hoje são estes cinco

NARS Translucent Crystal Light Reflecting Setting Powder Loose (10g). O meu é o translúcido — Uso todos os dias na área dos olhos. Só vou voltar a usar no rosto todo em saídas noturnas quando pudermos sair sem máscaras. Não sei quantos potes já usei ao longo da vida. Ele é finíssimo, tem um glow muito discreto. A versão compacta tem mais glow.

MAC Prep + Prime Transparent Finishing Powder (9g) — Este é um pó nem grosso e nem fino, produz um bom acabamento (nem feio nem bonito), controla moderadamente a oleosidade e tem um efeito fixador bom. É comprado e recomprado ad eternum. Fica ok na área dos olhos (uso com um tico do meu iluminador clarinho, meio que misturando).

Vichy Dermablend Setting Powder (28g) — É minha primeira escolha quando sei que vou precisar de uma fixação mais forte. Está há 15 anos na minha lista de produtos recomprados.

FIT Me! Maybelline cor 00 (10g) — Compacto.  Ele fixa quase tão bem quanto o Dermablend, mas deixa um rastro branco bem maior e é ligeiramente mais secativo que o da MAC. Tenho usado frequentemente para trabalhar e aplico bastante nas regiões onde a máscara vai atritar.

Também aplico usando aplicador de tecido.  O acabamento não é bonito mas para cada problema há uma solução: iluminador.  Dou uma passada leve do MAC Mineralize Lightscapade praticamente no rosto todo e dá tudo certo. Atualmente não consigo usá-lo na área dos olhos.

Innisfree no-sebum Mineral Powder (5g) — Coreano, bem gostosinho de usar, tem um cheirinho verde. Rende pouco. Gosto de usá-lo na testa porque ele realmente controla a oleosidade. Ele fixa menos que os outros.

e) Após aplicar os pós brancos espero alguns poucos segundos, talvez uns 20, e dou tapas com as mãos limpas para que todo o excesso de pó saia.

Aplico blush Mineralize da MAC e depois concluo a maquiagem da forma que der vontade no dia.

Os meus blushes MAC Mineralize favoritos são o Dainty, o Gentle e o Love Joy.

Meu Dainty já está acabado, aí comprei o Cruella, que tem um lado rosinha e um champagne (assim que chegar eu mostro para vocês no Instagram).

Reforço malar para os dias normais apressados – Técnica 2

Faço quase tudo como no método 1, mas dispenso  a canetinha Shiseido White Lucent Onmakeup Spot Correcting Serum FPS 25.

Quando a pele está completamente sequinha, aplico a base em pó Studio Fix Powder ( Sephora, Beleza na Web, Beautybox )no topo das bochechas, aplico o blush e finalizo a maquiagem como desejar.

Esta variação é bem mais rápida.

Reforço malar para os dias de guerrilha – Técnica 3

Aqui vou expor o que uso quando preciso de uma cobertura mais alta, coisa que não tem ocorrido ultimamente porque não venho frequentando nenhuma festa ao ar livre nem viajo há meses.

Após a aplicação do protetor solar dobrando a dose nas bochechas, faço toda a pele com a base líquida MAC Studio Fix Fluid sem qualquer diluição e aplico corretivo “de verdade” nas bochechas.

O corretivo ‘de verdade’ que uso é o Studio Fix Conceal and Correct Pallete MAC na tonalidade Light, que vem com seis cores: NC15, W10, NC20, NW20, Pale Yellow e Pale Pink.

Aproveito a paleta toda. Faço misturas meio aleatórias e dá tudo certo. Ela é bem coringa porque os corretivos são de alta cobertura, no entanto entregam uma cobertura com aspecto mais leve que o corretivo de potinho da mesma linha, que também gosto bastante.

Consigo fazer a pele inteira só com ele; vem pouco produto mas rende uma vida.

Deposito na face com os dedos e arrumo dando batidinhas com a esponja Sister Blend da Mariana Saad.

Quando está tudo bem batidinho e sem acúmulos em linhas e poros, cubro toda a pele com pó fixador, escolhendo o produto conforme a ocasião e depois reforço a cobertura onde julgar necessário usando a base em pó Studio Fix Powder.

Aplico blush Mineralize nas bochechas e finalizo a maquiagem com os demais itens, conforme a vontade do dia.

Espero que você tenha gostado!

Beijos,

Meire

 

 

 

 

 

 

 

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Cronologia do Universo Cinematográfico da Marvel

Por @gomuyoda

Ser adotado por uma família nerd é como ganhar na loteria. A minha casa é muito divertida.

Nós não brigamos nem ficamos conversando sobre coisas desagradáveis contra as quais nada há a fazer porque meus pais já são muito ocupados e precisamos ter tempo livre para a Netflix, a Disney+ e o Prime Vídeo.

Amo distopiasficção científica, fantasia!

Como não amar o UCM?

Da mesma forma que ocorre com Star Wars, podemos ver e rever as produções da Marvel  de várias formas: aleatoriamente, na ordem em que os filmes e séries foram liberados para o público ou da minha forma favorita, seguindo a ordem da ocorrência dos eventos.

Há diversas sugestões de fãs.

Há quem prefira fazer certos arcos ou indicar apenas episódios essenciais de uma série e por aí vai.

Se você quiser acompanhar o Universo Marvel na ordem de ocorrência dos eventos, vem comigo.

Importante ressaltar que há confluência de fatos e que as diversas fontes que consultei mostram algumas divergências.

Sabemos que listas tão úteis assim tendem a ser reproduzidas com seus eventuais erros.

Como sou criança, tenho muitos compromissos escolares e durmo muito,  então não tive tempo de conferir caso a caso. Se você encontrar algum erro na lista, eu agradeço a correção.

Os quadros dispostos no The Marvel Cinematic Universe  foram bastante úteis e achei um vídeo  muito bom, esse aqui.

Vamos à cronologia.

Cronologia do Universo Cinematográfico da Marvel

1943/1945Capitão América: O Primeiro Vingador

1946Agente Carter, T1 e T2

1995Capitã Marvel

2005/2009O Incrível Hulk

2000/2010O Homem de Ferro

2011O Homem de Ferro 2

2011Thor

2012Os Vingadores

2012O Homem de Ferro 3

2012Agents of Shield T1, Ep 1-7

2013Thor: O Mundo Sombrio

2013 – Agents of Shield T1, Ep 8-16

2014Capitão América 2: O Soldado Invernal

2014Agents of Shield T1, Ep 17-22

2014Guardiões da Galáxia

2014Guardiões da Galáxia 2

2014 – Demolidor T1

2014Agents of Shield T2, Ep 01-19

2015 – Vingadores: A Era de Ultron

2015Agents of Shield T2, Ep 20-22

2015O Homem-Formiga

2015Jessica Jones T1

2015Demolidor T2

2015 Luke Cage T1

2015 – Agents of Shield T3, Ep 01-19

2016Capitão América: Guerra Civil

2016 – Agents of Shield T3, Ep 20-22

2016Pantera Negra

2016Homem Aranha: De volta ao Lar

2016Viúva Negra

2017Doutor Estranho

2017 – Agents of Shield T4

2017Punho de Ferro T1

2017Os Defensores T1

2017O Justiceiro T1

2017 – Os Fugitivos T1 e T2

2017 – Jessica Jones T2

2017Manto e Adaga T1

2017Luke Cage T2

2017 – Punho de Ferro T2

2017Demolidor T3

2017Justiceiro T2

2017Thor: Ragnarok

2017Homem-Formiga e Vespa

2017 – Agents of Shield T5, Ep 19-22

2017Vingadores: Guerra Infinita

2017/2022Vingadores: Ultimato

2021 ou 2022Loki

2023WandaVision

2024Falcão e o Soldado Invernal

2024Homem Aranha: Longe de Casa

Espero que você tenha gostado do meu novo post.

Pelo jeito vou acabar sendo contratado como colunista fixo.

Que a Força Esteja com Você.

Gomu Yoda

Você pode gostar de:

Meu primeiro body Jedi

Darth Vader e a Cronologia Star Wars

 

*Referências:

RadioTimes.com

Aficcionados

The Marvel Cinematic Universe

Canal Multiverso

 

 

 

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Lista de Produtos usados no Tratamento do Melasma

Por @meire_md

Como vocês gostaram muito do post “Meire, como o seu melasma clareou?“, resolvi fazer esta complementação.

Fiz uma compilação — muito possivelmente incompleta — dos cosméticos que usei ao longo de 15 anos de tratamento aproveitando anotações de agendas, do antigo Salada e do Instagram.

Para manter uma organização mínima, fiz uma categorização sem rigidez, então alguns aparecem em mais de uma categoria.

Os produtos abaixo não são indicações e sim uma lista para nortear vocês nas escolhas.

Acho muito importante destacar que nunca testei produtos de qualidade duvidosa, produtos vendidos como panaceia ou  produtos com marketing especialmente desonesto e que todos são muito bons, mesmo aqueles que não funcionaram para mim.

A nossa pele é uma caixinha de surpresas, às vezes um produto não funciona porque não era o momento certo de usá-lo , porque não fomos persistentes ou porque não o usamos do modo correto.

Os produtos que testei antes de construir uma boa rotina de fotoproteção certamente tiveram uma performance muito inferior à que poderiam ter.

Só para lembrar:

O pigmento que dá cor à mancha do melasma se chama melanina e além de ser produzido naturalmente, é necessário para a saúde da nossa pele. Precisamos da melanina.

Ela ajuda a nos proteger contra os danos solares, daí quanto mais clara for a pele da pessoa, maior o risco de desenvolver cânceres relacionados à fotoexposição.

Quando temos melasma os melanócitos e o sistema que os regulam são localmente “doentes” (hiperativos) e reagem de modo errático, pigmentando áreas específicas além do necessário. Além disso a pele afetada é mais inflamada e a rede de vasinhos também não é normal.

A melanina é produzida lá no “fundo da pele” e carregada para a superfície.  Alguns ativos agem reduzindo a sua produção, outros agem reduzindo o transporte dela para a parte mais superficial da pele, outros agem aumentando a velocidade com a qual a pele se renova, outros agem reduzindo a inflamação e tornando a região menos reativa ou ainda acalmando a rede de vasos.

É por isso que o melhor tratamento, no geral, envolve associação de produtos que colaborem entre si.

O principal sempre será a proteção solar, por isso ela foi o foco do primeiro post. Se seu orçamento é muito curto e você quer tratar o seu melasma, foque na proteção solar e na maquiagem.

As categorias são estas:

  • Produtos que atuam principalmente na renovação da pele acelerando a eliminação da melanina.
  • Despigmentantes leves e/ou alternativos
  • Coadjuvantes com vitamina C
  • Outros coadjuvantes
  • Meus antioxidantes de plantinhas
  • Produtos que não me beneficiaram ou produziram alguma reação desfavorável à época do uso
  • Outros despigmentantes com ação múltipla
  • Despigmentantes que mostraram maior maior eficácia para a parte mais profunda do meu melasma

Vamos lá?

Produtos que atuam principalmente na renovação da pele acelerando a eliminação da melanina.

Estes produtos não atuam como despigmentantes clássicos quando usados isoladamente,  porém quando associados a despigmentantes tendem a potencializar os efeitos clareadores.

Além disso,  podem atuar no tratamento e até na reversão dos danos solares da pele.

Os ingredientes principais são o retinol, os retinoides, o ácido glicólico e a tretinoína.

1.  Ácido glicólico

Usei tanto manipulado quanto em cosméticos prontos.

Há incontáveis opções no mercado hoje.

Só consigo usar glicólico nas fases em que não estou usando tretinoína porque quando uso os dois na mesma rotina, o melasma escurece.

2. Differin Gel

Há outros nomes comerciais e a versão genérica também.

É um medicamento (Adapaleno) particularmente voltado para o tratamento da Acne.

Por conter um retinóide —uma molécula parecida com a tretinoína— tende a promover a renovação da pele.

3. Neostrata Gel Plus 15 AHA

Minha pele gostou muito deste gel por um bom período.

4. Neostrata High Potency Gel 20 AHA

Este contém ácido glicólico em concentração clínica e promove um efeito peeling, renovando a pele. Eu costumava usar quando achava que os poros estavam muito altos.

Não recomendo o uso sem orientação médica.

Para quem tem melasma acho interessante não associar produtos potentes assim sem ter um bom conhecimento ou ser bem orientada e sim deixá-lo reinar absoluto na rotina por um certo prazo.

5. Retinol da Neutrogena

Foi o primeiro suposto Retinol que usei na vida. Possivelmente continha algum retinoide. Lembro que era bem vitaminado e que deixava minha pele uniforme e macia (eu não tinha melasma na época).

O produto similar para quem já passou dos 25 anos e tem ou não melasma e quer um produto bom e baratinho para começar a prevenir o envelhecimento precoce é o Creme Antirrugas Cicatri-Correct L’Oréal Paris Revitalift Laser X3 (30mL), que além de conter Niacinamida, tem pro-xylane, um retinoide, vitamina E e um esfoliante químico leve, o LHA.

É um produtinho que costumo chamar de mistério da natureza. Acho espetacular para quem não pode gastar com um Retinol puro ou não tem acesso ao dermatologista para começar a usar a Tretinoína.

Pele limpa, hidratada com ele, fotoprotegida e maquiadinha: o fotoenvelhecimento da pele tenderá a demorar mais a aparecer.

6. Retin Ox ROC

Foi um produto que amei, usei muitos frascos.

Ele deixava a minha pele bem macia e cuidava bem da área dos olhos.

O produto que está no mercado hoje que mais se parece com ele é o Redermic Retinol da La Roche-Posay. Pode ser usado a partir dos 20 e poucos anos tranquilamente.

Em peles mais resistentes pode ser alternado com o ácido glicólico.  Pele de bonita mesmo.

7. Derm AHA La Roche-Posay

Esse com certeza foi meu ácido glicólico favorito da vida.

Usei vários frasquinhos. O similar atual é o Glycolic HA da La Roche-Posay

8. Retexturing Activator Skinceuticals

Acho que usei só um frasco porque preferia o da La Roche.

9. Effaclar Serum Antiage

Também usei bastante. Além de refinar a pele, controla a acne e minimiza o aspecto dos poros.

Ótimo produto para quem tem melasma, pele acneica e usa despigmentantes leves.

10. Redermic Retinol – também disponível aqui

Usei por vários anos alternando com a Tretinoína, até conhecer o Lifactiv HA Advanced Vichy , que possivelmente foi o Retinol que mais promoveu efeitos favoráveis à minha pele.

11. Retinol 0,3% Skinceuticals

Apesar de ser um ótimo produto, não fez muita coisa pela minha pele e até hoje não tenho uma explicação satisfatória para dar. Simplesmente não funcionou.

12. Lifactiv HA Advanced Vichy (disponível também aqui)

Este usei baldes, vários frascos.

Alternava com a tretinoína e só parei de usar quando minha pele começou a aceitar o medicamento no mínimo cinco dias por semana.

Atenua linhas e poros, dá um excelente suporte ao clareamento dos despigmentantes.

13. Overnight Resurfacing Serum Dr. Brandt: usei amostras.  Funcionou bem, mas achei caro e difícil de comprar.

14. Ruby Crystal Retinol Hydracrème Dr. Brandt: idem

15. Tretinoína (medicamento)

Da lista acima, o que uso atualmente é a Tretinoína.

Se eu resolver comprar um retinol ‘puro’ novamente, será o Lifactiv HA Advanced Vichy  (também tem aqui), mas penso em testar o Retinol B3 Serum de La Roche-Posay (também tem  aqui), que vem sendo bem elogiado pelos amantes do skincare.

 Despigmentantes leves e/ou alternativos

1. Pigmentclar Serum (disponível também aqui):

Esse uniformiza a pele, hidrata, reduz imperfeições.

Em minha opinião o custo-benefício para quem tem melasma é excelente porque é um produto multifuncional certamente mais eficaz que o serum da Shiseido, que é bastante caro.

Não deve ser associado a Hidroquinona, salvo se houver indicação médica.

Só vale a pena usar se você já tem uma boa rotina de fotoproteção, do contrário poderá jogar dinheiro fora.

Contém ingredientes sabidamente eficazes no controle das manchas  e pode ser comprado sem receita médica.

Se o melasma não melhorar com ele há outros bons frutos, como uniformização do tom da pele sadia e melhora da luminosidade.

Ele contém Niacinamida,  agentes botânicos com ação antioxidante, agentes hidratantes e outros despigmentantes.

Excelente opção para usar durante a pausa de despigmentantes mais fortes.

2. Sana Nameraka Soybean Isofrabon Medicated Whitening Cream

Não vi efeito no clareamento das manchas mas ele deixava a pele bem macia. Há inúmeros despigmentantes leves no mercado asiático mas de todos que testei acabei pegando amor apenas pelos da Shiseido.

3. Futura Biotech Clareador da Pele

Não consigo lembrar se gostei dele, mas resolvi deixar o registro porque contém ácido kójico, que é um bom despigmentante.

4. Papuless (disponível também aqui):

É a Niacinamida em gel.

Ajuda na manutenção da barreira da pele, na redução do aspecto amarelado da pele fotoenvelhecida, na redução da parte mais superficial das manchas e melhora o aspecto dos poros.

O efeito só é visível no médio para o longo prazo, só quem é persistente colhe bons frutos com ela, que reduz o transporte da melanina.

Gosto de usar no verão.

Hoje recomendo menos o Papuless porque há Niacinamida em outros produtos e o laboratório tem exagerado no preço.

5. Linha White Lucent Shiseido

É uma linha cara, então só indico para quem realmente (realmente mesmo) tem um orçamento folgado. Ela não é insubstituível.

Uso porque meu melasma está controlado e gosto muito da experiência sensorial do serum.

O Pigmentclar Serum é um bom exemplo de produto com preço inferior e mais ativo contra as manchas em si.

Meu produto favorito da linha é o White Lucent Illuminating Micro Spot Serum Facial, que recém voltei a colocar na rotina. Aplico pela manhã imediatamente antes da Vitamina C e do protetor solar Clear Stick UV da Shiseido SPF 50+ (compro também na Sephora ou na Beleza na Web).

Quando o serum acabar vou comprar o White Lucent Overnight [ Amazon || Beleza na Web ], que vem com 75ml.  São produtos diferentes, mas tenho impressão que a relação custo-benefício será melhor. Eu não usaria os dois ao mesmo tempo porque tenho buscado uma rotina mais enxuta.

Nunca fico sem o OnMakeup Spot Correting Serum SPF25 PA+++ — minha cor é a Natural Light (tb disponível aqui) — que é um corretivo em canetinha que contém os agentes despigmentantes da linha.

Gosto de usar a canetinha na área dos olhos e no topo das bochechas. Também não recomendo para quem tem orçamento apertado nem defendo que tenha efeito real sobre o melasma porque uso como maquiagem mesmo, por cima do protetor solar. Não espero que entregue efeito clareador, uso porque camuflha minhas manchas sem deixar aspecto rebocado e marca pouco a área dos olhos.

6. Ácido Tranexâmico Premium Milk Hadalabo

Uso diariamente assim que removo toda a maquiagem do dia. Atualmente aplico  em uma quantidade generosa (inclusive na área dos olhos) e vou descendo até o colo.

O custo-benefício é excelente, um frasco vem com 140mL, então equivale a uns três ou mais tubos de outros cremes.

É meu ácido tranexâmico favorito. Supostamente ajuda na manutenção do melasma, sobretudo naqueles onde há uma rede vascular mais pronunciada e auxilia na proteção da barreira da pele.

Coadjuvantes com vitamina C

Minha relação de amor e ódio com a Vitamina C demorou anos para ser curada porque praticamente todas que continham vitamina C pura me davam acne ou deixavam minha pele avermelhada.

Em um determinado ano — não me recordo exatamente — desisti de tentar manter uma vitamina C pura na rotina e isto só mudou agora em 2021, quando comecei a usar a  Vitamina C da Bisyou.

A Bisyou indica que seja usada uma vez ao dia, mas confesso que frequentemente aplico duas vezes (pela manhã e na rotina do fim do dia, algumas horas antes de aplicar a tretinoína).

A Vitamina C pura melhora o aspecto das minhas olheiras é dá uma refinada nos poros, mas pretendo mantê-la na rotina porque tenho usado maquiagem mais leve e um protetor solar menos “pesado” do que usava antes. Preciso da ação antioxidante mais forte proporcionada pelo produto.

Estou bem feliz com ela porque o veículo é siliconado e ela também funciona como primer. Só vou testar novamente outra Vitamina C se a da Bisyou estiver em falta ou se eu ganhar amostras grátis de outras.

Todas as vitaminas C da minha lista de produtos testados são excelentes.

1. Active C10 [ Amazon || Beleza na Web ]

Esta é uma que pretendo voltar a testar porque foi indicada pelo meu dermatologista anterior.

Ela me deu acnes super dolorosas na época que usei, o que ocorreu mais ou menos no mesmo período que precisei usar Roacutan.

Aproveitei o tubo todo na área dos olhos mas não recomprei.

2. Redermic C [ Amazon || Beleza na Web ]

Também me deu acne. Essa aproveitei no colo.

3. Serum 10 Skinceuticals [ Amazon || Beleza na Web ]

4. CE Ferulic Skinceuticals [ Amazon || Beleza na Web ]

As da Skinceuticals são muito famosas e amadas, mas não funcionam para mim.

Irritam muito a minha pele. Super eficazes, certamente, mas não penso em voltar a testar nenhuma.

5. Hydracid C20 

Essa usei por muito tempo, mas não contém vitamina C pura (ela contém um derivado).

Excelente. É super hidratante e ‘gordurosa’, pode ser bem incômoda para quem tem pele muito oleosa.

6. Lightful C Mac Creme Hidratante [ Beleza na Web ]

Usei potes e potes, só parei porque a distribuição começou a ficar irregular.

Nunca descobri se ela vai ou não ser descontinuada. Ela some, depois reaparece plena e bela.

Não pretendo recomprar.

7. Clair (Resveratrol, Arbutin, Kojico e Vitamina C) da Profuse 

Esse produto muito bom, fórmula bem honesta, multifuncional e desenhada só com ingredientes sabidamente eficazes .

Ótima opção para quem está com o melasma ainda escuro e precisa de um clareador mais ativo mas não quer ou não pode usar hidroquinona.

Como ocorre com todos os despigmentantes mais ativos, não é recomendado o uso contínuo. É preciso fazer pausas.

8. Loção MAC Lightful C [ Sephora || Beleza na Web ]

Lotion deliciosa, mas desapareceu do mercado.

9. Fórmula magistral com Ascorbil Palmitato de 10 a 20% e outras com vitamina C pura.

Este registro está aqui apenas para lembrar que testei várias vitaminas C manipuladas, tanto puras quanto derivadas.

Não me adaptei a nenhuma e costumo não recomendar.

10. Matiderm Vitamina C em Ampolas

Deu acne até no meu pensamento.

11. Vitamina C da Bisyou  

É a que está na minha rotina atual.

Outros coadjuvantes

Os produtos abaixo auxiliam na tolerância da pele ao tratamento e na manutenção do clareamento porque agem como antioxidantes e/ou como protetores da barreira epidérmica; alguns contém agentes botânicos com ação despigmentante e redutora dos processos inflamatórios.

Sem cuidar da barreira da pele o sucesso do tratamento é menos provável: você pode desistir do tratamento pelo desconforto ou até achar que a pele está com aspecto mais envelhecido ainda.

Certamente usei muitos outros, mas estes foram os que ficaram na lembrança.

1. AGE Interrupter Skinceuticals
[ Amazon || Beleza na Web ]

Caro, vale cada centavo, mas também só indico para quem tem muita folga no orçamento.

Usei por muitos anos, só suspendi de vez quando passei a usar a Tretinoína diariamente.

Planejo voltar a usá-lo quando estiver mais velha.

Por enquanto a minha regra é, se for para comprar creme facial super caro, que seja um White Lucent da Shiseido.

2. Papuless Gel
[ Amazon || Beleza na Web ]

A Niacinamida tem efeito coadjuvante no clareamento das manchas e auxilia na reparação da barreira da pele.

Como o Papuless subiu muito de preço e o gel não rende muito, acho muito mais vantajoso — para quem tem melasma— usar o Creme Antirrugas Cicatri-Correct L’Oréal Paris Revitalift Laser X3 (30mL).

3. MAC Strobe
[ Sephora || Beleza na Web ]

Hidratante com efeito iluminador, rico em antioxidantes, com efeito primer e delicioso de usar. O custo-benefício dele é muito bom.

Usei por muitos anos por baixo do protetor solar. Só não recompro porque já estou adaptada com a Vitamina C.

5. Cicaplast Baume Creme
[ Amazon || Beleza na Web || Panvel Farmácias ]

Este produto sempre foi fundamental para reparar e acalmar a minha pele. Nunca fico sem.

Testei outros, mas nenhum acalma minha pele como ele.

6. Lipikar Baume AP+
[ Amazon || Beleza na Web ]

Além de ser um excelente reparador da pele, contém Niacinamida e é bastante versátil, pode ser usado tanto no rosto quanto no corpo.

7. Óleo de Argan 100% da WNF

O Argan está aqui representando inúmeros óleos orgânicos, como a Manteiga de Karité da L’Occitane, que vira e mexe recomprava.

Depois de conhecer o Hipoglós transparente, que virou meu creminho gordo multifuncional (uso no topo do melasma, na região das olheiras, nas unhas, cotovelos, joelhos e até em irritações no couro cabeludo), parei de recomprar a manteiga de Karité.

Quando estou em casa de boas amo aplicar o Hipoglós transparente na olheira e no melasma. A região fica calma, macia, sem contar que a fórmula tem efeito despigmentante (ação do dexpantenol).

9. HA Intensifier Skinceuticals
[ Amazon || Beleza na Web ]

Sem palavras para este produto.

Se um dia a linha White Lucent sumir do mercado ou ficar estupidamente cara, volto para ele.

10.  MAC Prep + Prime Essential Oils 14mL

Nunca fico sem, adoro esse produto para misturar com bases e corretivos. Compro na loja física da MAC. Ele também amacia o melasma e tem ação antioxidante.

Meus antioxidantes de plantinhas

Como já me adaptei à Vitamina C pura, não tenho formulado  meus antioxidantes alternativos, mas vou deixar o registro das minhas fórmulas favoritas porque sei que muitas de vocês gostaram bastante delas.

Ambas são despigmentantes, hidratantes e antioxidantes; foram desenvolvidas para mim pela Dra Luciana Liberato, farmacêutica responsável pela Formule Farmácia.

1. Fórmula com ação predominantemente despigmentante — Licorice 2% + Niacinamida 4% + Ácido Azelaico 20% + Resveratrol 3% + Óleo de Argan 5% + Ácido Hialurônico 5% em Creme Oliva sem essência.

2. Fórmula com ação predominantemente antioxidante  — Melatonina 1%, Picnogenol 2%, Dexpantenol 5%, Niacinamida 4%, Licorice PT 3%, Camomila 3% em veículo acqua serum sem essência.

Produtos que não me beneficiaram ou produziram alguma reação desfavorável à época do uso

Todos eles são excelentes, mas na época em que usei não trouxeram benefício.

1. Hidroquinona a 2%

2. Clarifiant Serum Concentrado Clareador da RoC: possivelmente já descontinuado.

3. Fluido Clareador FPS30 da Eucerin

Muitas leitoras relataram uma boa melhora com este produto.

4. Advanced Pigment Corrector Skinceuticals

Sei que Skinceuticals é vida etc. Mas por algum motivo este produto não funcionou na minha pele.

5. Lumixyl Loção Cremosa Fluida Libbs

Nenhum efeito, zero mesmo.

6. Blancy TX Mantecorp

Produto excelente, vale muito a pena testar, principalmente se você tem vasinhos aparentes e o melasma ainda está bem pigmentado.

Na época que usei ele irritou minha pele e me deu acne.

7. Even Better Clinical Dark Spot Corrector Clinique

Para mim não valeu o custo. Minha pele simplesmente ignorava o produto.

8. Melani D La Roche

Usei na época em que o melasma estava mais grave. Não vimos efeito algum.

9. Clairial Protetor Solar FPS 50+ 

Este me promovia grande ardor em toda a face, e era muito gordo.

10. Fórmula magistral com 3% de Tranexâmico + associações (2015)

11. Fórmula magistral com 5% de Tranexâmico + associações (2016)

Nenhuma fórmula com tranexâmico funcionou para mim. Zero efeito. Adaptei-me com o da Hadalabo, que atualmente aplico após a última lavagem do rosto (horas antes de usar a tretinoína).

12. Derma Clássico Repair

13. Derma Clássico Renove

Os Derma Clássico, na minha impressão, ficavam sambando na minha pele.

14. Anti-Pigment Dual Serum Eucerin

Produto muito bem indicado atualmente, mas avermelhou muito a minha pele.  Considerando os relatos das leitoras, recomendo o uso mesmo não tendo sido bom para o meu caso

Outros despigmentantes com ação múltipla

São produtos excelentes para o manejo do melasma que ainda está escuro porque ajudam a evitar recaídas, podem produzir um efeito rápido em peles virgens de tratamento e funcionam como alternativa para pessoas que tem alergia ou medo de usar Hidroquinona.

Eles também ajudam no controle da hiperpigmentação pós-inflamatória e previnem manchas por espinhas, que vira e mexe nos aparecem.

Não sei se todos ainda estão no mercado hoje.

1. Biomedic Pigment Control

2. Clairial C10

3. D-Blanc Clareador da Dermatus

4. Pigment Lightening Gel Neostrata

5. Azelan Creme

6. Demelan

7. Kiaritá

8 Klassis

9. Hidroquin Forte Gel Sesderma

Despigmentantes que mostraram maior maior eficácia para a parte mais profunda do meu melasma

Nesta categoria todos funcionaram bem no meu caso.

Com exceção do Azelan, que é um medicamento de venda livre, os outros exigem acompanhamento médico mais rigoroso.

Lembre do que falei acima: é melhor não tratar do que tratar errado.

1. Fórmula tríplice (medicamento – Hidroquinona + Tretinoína + Fluocinolona acetonida) com concentrações determinadas pelo dermatologista.

2. Hidroquinona (medicamento), com concentração e posologia determinada pelo dermatologista.

3. Fórmula manipulada de Hidroquinona + Tretinoína + Niacinamida.

4. Azelan (medicamento de venda livre, mas deve ser usado, preferencialmente, com orientação médica).

5. D Blanc Minipeel Dermatus (Alfa Arbutin, Ácido Lático, Ácido Mandélico, Ácido Kójico Encapsulado e Retinol): Peeling para uso doméstico sob prescrição médica.  Foi um dos produtos que reduziu o aspecto preto em uma das recidivas do meu melasma.

6. D-Blanc Rollon clareador Dermatus (ácido glicólio, arbutin, licorice): Para uso pontual, sob orientação médica.

7. Glyquin XM (medicamento): alternativa de prescrição para quem não tolera a fórmula tríplice clássica.

Ufa, que lista gigante!

Se você lembrar de algo que usei, mostrei, mas não listei aqui, puxa minha orelha.

Beijos!

 

 

 

 

 

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Meire, como o seu melasma clareou?

Por @meire_md

Tenho melasma há quinze anos e há doze compartilho minhas experiências com vocês, principalmente as relacionadas a cosméticos e protetores solares.

Na Classificação Internacional de Doenças, o Melasma figura como Cloasma e seu CID é L81.1. Trata-se de um transtorno de pigmentação da pele muito comum no Brasil cuja causa é  multifatorial e envolve questões genéticas e ambientais.

O melasma ou cloasma tem um subtipo especial, que é o gravídico, condição que, em uma parcela considerável das mulheres, pode desaparecer completamente mesmo que nenhum tratamento seja efetuado.

As mulheres com esse tipo de melasma são muito usadas em fotos de antes e depois por profissionais mal intencionados e que assim esperam comprovar que seu método revolucionário cura o melasma.

Como boa parte dos melasmas, o meu é recalcitrante. Isso significa dizer que não tem cura, tem apenas controle. O meu segue sem recaídas importantes há anos mas eventualmente há algum escurecimento.

Minha rotina atual de tratamento está bem simples; caso você queira ler ou reler o post, ele está aqui.

O medicamento que uso é a Tretinoína.

Sempre escolho associar o medicamento a cosméticos que contenham agentes antioxidantes com efeito despigmentante e ação anti-inflamatória, então sigo bem satisfeita com a dupla Ácido Tranexâmico da Hadalabo e Vitamina C da Bisyou.

Toda vez que alguém  me pergunta como meu melasma clareou penso em escrever este post, então vem comigo.

Não há atalhos nem milagres.

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A História do meu Melasma

Até os 21 anos tive uma exposição solar pesada, com direito ao  choro e ranger de dentes durante o verões natalenses e suas esperadas bolhas por queimaduras solares sempre tratadas com gel de aloe vera ou alguma outra pastinha fitoterápica.

Quando paguei Dermatologia parei de me expor fortemente ao sol, mas a fotoproteção do dia a dia era bem xexelenta.

Por orientação do meu querido professor Dr. Pedro Trindade, comecei a usar retinol associado ao ácido glicólico por volta dos 22 anos de idade.  Obrigada, professor.

Alguns anos antes do diagnóstico do Melasma — não sei precisar — a minha fotoproteção se resumia a um tico da base Teint Idole da Lâncome (disponível tb na Sephora) selada com outro tico das bases em pó da Shiseido ( disponível na Sephora) ou da Dior e blush chinelada.

Aliás, acho que parte do bom aspecto da minha pele pode ser atribuída ao blush chinelada, pois os pigmentos protegem a pele contra a luz solar. Os meus favoritos são os da linha Mineralize da MAC.

Em 2005  comecei a usar a tretinoína, alternando-a com retinol e eventualmente ácido glicólico. Naquela época eu tinha a pele tipicamente oleosa, amava rotinas lotadas de produtos e usava tudo ao mesmo tempo.

Em 2006 comecei a  me expor mais ao sol porque viajava três vezes por semana para o interior. Não deu outra, a conta chegou.

O melasma eclodiu e ao exame o meu então dermatologista percebeu o componente vascular e indicou tratamento com LIP (luz intensa pulsada).

Fiz o procedimento em 2007.

O meu rosto piorou de um jeito inacreditável. As manchas ficaram pretas e aumentaram em extensão, pegando toda a testa, as bochechas e as regiões mandibulares.

A costumeira maquiagem leve foi substituída pela camuflagem médica, que aprendi a fazer com a  base Dermablend e o pó fixador Dermablend (o pó uso até hoje).

O lado bom é que achei muito divertido testar dezenas de cosméticos, bases, corretivos, blushes e pós.  Virou hobby.

Por volta de 2007 ou 2008 consegui criar uma rotina menos pior de fotoproteção. Lembro bem do Minesol da ROC, de um protetor cremoso da Melora e das roupas de fotoproteção largadas no carro.

Até 2009 as manchas clarearam um pouco, o preto foi substituído por um marrom acastanhado a vinhoso (por causa da rede de vasos) e o quadro ficou estabilizado no topo da testa + ponto mais alto das bochechas.

Foi assim, testando dezenas de cosméticos e protetores solares, que o antigo Salada Médica— que funcionou de 2009 a 2013 — nasceu.

O Pedro deixou um comentário, ficamos amigos e no início de 2010 ele me mandou uma caixa com protetores asiáticos de diversas marcas.

Com os protetores asiáticos consegui montar uma rotina de fotoproteção ninja e o tratamento começou a funcionar de uma forma inacreditavelmente rápida.

A cada dia que eu olhava pro meu rosto a pele parecia melhor, mas as recaídas eram frequentes. Lembro que até o secador de cabelos ligado no quente fazia meu melasma escurecer.

Os ciclos de alguma melhora e importante piora se repetiram por pelo menos dois anos. Do nada, o rosto voltava a ficar bastante escuro.

Esse padrão só foi quebrado em 2012 ou 2013, quando comecei a usar os protetores 100% minerais.

As manchas começaram a esmaecer e ficaram em uma pequena parte da testa e bem no topo das bochechas, mas ainda era acastanhadas a vinhosas.

O que aconteceu no décimo ano de tratamento

Até meados de 2016 eu usava a Tretinoína alternada com Retinol e aplicava os despigmentantes da vez — usei praticamente tudo que tinha no mercado —de modo rotineiro.

Por esta época eu já havia assumido, coisa que ocorreu muito naturalmente, um comportamento mais minimalista. Quando dei por mim, já estava criando rotinas mais enxutas.

(Eu não planejo muito as rotinas, elas acontecem. Depois que estão montadas e estou repetindo regularmente os mesmos passos, vou compartilhando com vocês).

Minha dermatologista achou que a textura da minha pele estava muito  boa e era hora de voltar a tentar a Hidroquinona (medicamento) para remover a pigmentação mais profunda.

Ai sim, vi algo mágico acontecer.

Usei o medicamento por cerca de dois anos —fizemos uma dose de ataque seguida por um desmame controlado e posteriormente uma dose de manutenção semanal bem baixa — e permaneço desde então sem recaídas importantes, mesmo com a rotina minimalista.

Dada a resistência do meu melasma — cada caso é um caso — o plano da minha dermatologista era deixar uma aplicação semanal de Hidroquinona por tempo indeterminado (acompanhando sempre), mas, considerando o longo tempo de acalmia e o fato de me fotoproteger corretamente, resolvi arriscar e a exclui da minha rotina.

Substitui a Hidroquinona pelo Shiseido White Lucent Illuminating micro-spot serum  ( disponível também na Sephora Beleza na Web ), usei três frascos e estou com o último aberto, alternando com o clareador da Hadalabo que rende muito, hidrata bem e uniformiza o tom de pele por um valor bem inferior ao produto da Shiseido (a diferença principal deles é que o da Shiseido tem absorção mais rápida e deixa a textura da pele mais aveludada, mas ambos acalmam o melasma e reduzem o aspecto vermelho da pele).

Fotoproteção e tempo, portanto, foram os principais ingredientes.

O que a  hidroquinona fez, afinal? Ela acelerou a depuração do resto do pigmento que estava na parte mais profunda da pele.

Nossa programação é que eu só volte a usar a hidroquinona caso o melasma fique enfurecido e escureça de uma forma que a rotina atual não dê conta.

Vamos agora aos meus conselhos para quem deseja tratar o melasma.

É melhor não tratar do que tratar errado

Se você me pedisse um conselho eu diria que não comece a usar medicamentos para o melasma, sobretudo aqueles com ação esfoliante química ou os despigmentantes mais “fortes”, quando ainda não está habituada à fotoproteção.

A fotoproteção é a base de tudo e ela consiste tanto no uso de protetor solar em quantidade correta como no uso de roupas, chapéus e sombrinhas que sejam feitos de materiais mais opacos, ou seja, que reduzam a passagem da luz solar.

Em tese qualquer roupa que não seja completamente transparente oferece alguma proteção.

Caso você opte por não tratar o Melasma, sugiro considerar a hipótese de estabelecer uma rotina mínima de proteção solar porque é importante prevenir o surgimento de lesões actínicas —além da questão estética podem ser pré-malignas — e câncer de pele.

É melhor não tratar do que viver frustrada

O segundo conselho que eu dou é: não sacrifique hábitos que para você e sua família sejam importantes.

Adapte-se. É melhor um melasma mais escuro e um novo ciclo de tratamento do que viver frustrada porque deixou de ir para a praia ou parou de fazer um esporte que ama.

Para mim sempre foi fácil, primeiro porque o tratamento acabou virando hobby, segundo que nunca gostei muito de praia. Quando criança e adolescente ia porque todo mundo ia, não questionava muito.

O fato é que não gosto de me expor ao sol. Acho o calor desconfortável, acho dolorido, não gosto da pele pegajosa, enfim.

Não permita que ninguém exija que você sacrifique o que não quer sacrificar. A escolha tem que ser sua.

A Fotoproteção é um conjunto de estratégias

Simplifique-se.

Se você sai para dar um passeio usando uma camisa jeans de mangas longas está protegendo parte do seu corpo de forma muito eficiente, mesmo que o tecido não tenha um tratamento especial contra raios UV.

As roupas de proteção UV tendem a ser mais fresquinhas porque não precisam ter uma trama pesada para bloquear a luz, como  ocorre com uma roupa comum.

Elas são muito úteis para quem faz esportes, trabalha a céu aberto ou se expõe ao sol durante o deslocamento para o trabalho, por exemplo, porque nos fazem economizar tempo (e dinheiro porque o corpo consome muito protetor solar!).

O melhor protetor solar é o que você consegue usar todos os dias e para isso o produto precisa caber no seu orçamento, já que é fundamental usá-lo em abundância.

Não complique o que é simples usando seringas, copos-medida ou outras manobras.

Para os protetores líquidos e considerando o rosto, duas a três boas camadas são suficientes; já para os bastões, orienta-se oito passadas por área a ser protegida — quatro indo e quatro voltando. Fechou, é simples assim mesmo.

Se você está na praia ou local similar,  reaplique em abundância com uma frequência maior, hidrate-se adequadamente e use roupas de proteção solar sempre que possível. A área protegida pelas roupas, desde que de proteção solar ou com tecido de trama fechada, nem precisa receber produto. Economia de tempo e dinheiro, lembrem.

O uso de maquiagem ou a aplicação de um protetor com cor por cima do protetor “branco” parece ser muito importante para quem tem melasma porque os óxidos de ferro que compõem os pigmentos atuam como uma barreira física contra a luz visível, que em tese pode agravar as manchas.

Minha base favorita é a Studio Fix Fluid da MAC (uso a cor NC12). Gosto dela porque é muito versátil, aceita ser diluída tanto com hidratante quanto com óleo facial,  fica boa de qualquer jeito e quanto mais a uso, mais aprendo a lidar com ela. Não é a toa que esta base está na maleta de muitos maquiadores. Costumo produzir uma camada fina em todo rosto e aplicar um reforço nas regiões do melasma.

Além do reforço contra o dano solar, a maquiagem atua como uma camuflagem que melhora a aparência da pele, caso isso seja importante para você.

Dependendo de sua rotina, pode ser preciso lavar o rosto ao meio-dia para reaplicar o produto ou reaplicá-lo por cima da maquiagem ou fazer como eu, que trabalho em local fechado, faço: mantenho a maquiagem íntegra retocando-a com base em pó quando acho necessário.

Uso a base Studio Fix Powder da MAC mas bons pós compactos com cor, como o Fit Me da Maybelline, funcionam muito bem.

Até chegar à rotina de fotoproteção super prática que tenho hoje testei dezenas de produtos. Alguns ficaram em minha rotina por meses mas muitos foram aproveitados no corpo porque eu não conseguia usar no rosto na quantidade correta.

Sugiro que você comece testando protetores solares que sejam fáceis de comprar pela internet ou perto de sua casa. Dos mais baratos acho que vale muito a pena testar o Protetor Solar Facial Toque Seco Nivea Sun, que tem um preço excelente e parece se adaptar a vários tipos de pele.

Caso o protetor da vez funcione para você, aproveite-o no pescoço,  no colo e até no corpo.

Uma pergunta comum é: como sei que a proteção solar está funcionando?

Quando a cara se aproxima da cor da bunda

A cor natural da nossa pele é exatamente aquela que  sempre esteve protegida por roupas, como a pele das mamas ou a pele da área da calcinha do biquíni.

Se você não costuma tomar sol nua, em algum lugar do seu corpo há pele sem fotodano. Essa é a sua cor natural, em todo resto há dano solar.

Bebês não nascem com a cor do rosto diferente da cor do corpo. Isso é adquirido por dano solar.

Se você tomou muito sol no rosto durante a infância e adolescência (meu caso) é pouco provável que, mesmo desbronzeada, seu rosto fique tão claro quanto a sua bunda ou o seu pescoço, e o mesmo ocorre com qualquer parte do corpo.  A região com fotodano pode assumir um tom mais amarelado ou mais rosado do que a pele sadia.

Tomei muito sol no rosto, no colo e nos braços porque andava muito a pé usando camiseta, então minhas rotinas focam bem nestas regiões.

Mesmo sem tomar sol há anos, os meus braços são levemente mais escuros que minhas coxas e meu rosto é levemente mais escuro que meu pescoço. Vamos repetir? Isso ocorre em razão do fotoenvelhecimento.

Em suma, se sua pele desbronzear e se mantiver desbronzeada até o limite possível — couro curtido não clareia completamente—, a proteção está sendo eficiente.

Conhecer a sua pele e acompanhar a evolução da proteção solar é fundamental.

Meire, quais são os seus protetores solares favoritos?

A louca dos bastões

Para a fotoproteção do rosto tenho usado apenas o Clear Stick UV da Shiseido SPF 50+ (compro também na Sephora ou na Beleza na Web, vou pesquisando o melhor preço) porque ele já hidrata a minha pele e tem Licorice, uma plantinha anti-inflamatória que também ajuda na manutenção do melasma.

Após os passos iniciais da rotina diurna aplico umas dez vezes por área a ser protegida, arrumo com os dedos e pronto, já parto para maquiagem. Ele me faz economizar um tempo enorme pela manhã.

Só não indico esse produto com mais emoção porque muitas pessoas certamente não gostam dele, muito embora eu já venha recebendo muitas mensagens de pessoas que sucumbiram a essa maravilhosidade. Prometo que faço um post mais detalhado explicando exatamente como uso.

Se você quiser testar um bastão facial  mais sequinho, indico o  5km da Pink Cheeks.

Para a fotoproteção do corpo tenho usado o Bioré UV Perfect Milk, mas assim que meu estoque acabar vou voltar para o Bastão Shield da Pink Cheeks, que já recomprei.

Quem tem melasma precisa usar Vitamina D?

Depende.

Se eu não tomar suplemento de Vitamina D eu fico com deficiência porque não tomo sol nem no rosto nem no corpo e em casa usamos cortinas que impedem a entrada de raios solares.

Cada caso é um caso. É possível que boa parte das pessoas que usa protetor solar regularmente não precise de suplementação.

Compro na Amazon. Uso a Vitamina D da Healthy Origins ou da Now.

Então, meninas, quando alguém me perguntar como o meu melasma clareou, já tenho um post de referência.

Beijos,

Meire

 

 

 

 

 

 

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