Por @meire_md
“A raça humana não estava mais só”.
O escritor inglês Sir Arthur Charles Clarke (1917-2008) é o autor de um dos meus livros favoritos de ficção científica, o ‘2001: Uma Odisséia no Espaço’.
De acordo com a Enciclopédia Britânica, ele seguiu o mesmo caminho dos nerds em geral e começou a se interessar por ciência na infância; aos 17 anos associou-se a British Interplanetary Society (BIS) e aos 31 anos de idade bacharelou-se em Ciência pelo King’s College.
De conto em conto, um livro pronto
Tal qual como ocorreu com ‘Neuromancer’ (temos resenha) e muitos outros livros de ficção científica, ‘O Fim da Infância‘ foi concebido a partir de um conto do mesmo autor.
O conto ‘Anjo da Guarda’ foi escrito em 1946 e após ter sido diversas vezes recusado por editores, recebeu uma modificação e foi publicado em 1950 na revista ‘Famous Fantastic Mysteries’.
Três anos depois ‘O Fim da Infância’, cuja primeira parte foi escrita com inúmeros elementos do conto, foi publicado. É bem interessante lembrar que nesta época os satélites ainda não existiam e ninguém acreditava que o homem chegasse à lua antes do final do século.
Além das dicas que dei na resenha de ‘Neuromancer‘, é importante ter em mente – para evitar se perder – que nos livros de ficção científica que envolvem invasões alienígenas e viagens espaciais é bastante comum que a história sofra saltos no tempo.
Pela fala dos primeiros personagens calculo que a história começa por volta de 1975, ano em que, conforme a rica imaginação do Sir Arthur, seria a época de pico da corrida espacial.
Enquanto URSS e EUA competiam cientificamente, gigantescas naves alienígenas cobrem o espaço aéreo de vinte das maiores cidades do mundo e você mergulha em um novo Universo.
“Será que vimos Maomé começar a Hégira, ou Moisés dando as leis aos judeus?”
A invasão foi pacífica e no primeiro ano houve uma ‘epidemia’ de paz e de melhora na qualidade de vida de toda a população da Terra.
Mas por fenômenos afetos à mente humana, muito bem estudada desde tempos imemoriais por seres que já atingiram o grau máximo de evolução de sua espécie, os homens não estavam satisfeitos com os planos supremos de formar uma cosmocracia.
Enquanto a trama se desenvolve, o autor discorre sobre filosofia religiosa, política, rivalidades raciais, direitos trabalhistas e tecnologia como um meio de preservação histórica. Fala sobre mundos utópicos, das consequências dos estímulos ambientais nas manifestações artísticas e criatividade, sobre vida comunitária em sociedades alternativas e claro, sobre paradoxos do tempo em viagens espaciais.
A história é muito bem organizada e as explicações para as crenças em fenômenos paranormais e para a fé na existência de uma certa figura mística são nada menos do que geniais.
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Beijos,
Meire.
Listinha de personagens relevantes para você se orientar melhor durante a leitura de O Fim da Infância
Karellen: Supervisor para a Terra e Professor de Astropolítica do Planeta Skyrondel
Rikki Stormgren: Secretário Geral da ONU e porta-voz da espécie humana
Pieter Van Ryeberg: Assessor do Secretário Geral
Alexander Wainwright: Líder da Liga da Liberdade
Joe: Líder dos extremistas
Pierre Duval: Físico e Diretor da Divisão de Ciência
Rashaverak, aka Rashy: Especialista em Psicologia e da mesma árvore evolucionária de Karellen
Rupert Boyce: Veterinário de animais selvagens e apegado aos estudos sobre paranormalidade
George Greggson: Amigo de Rupert
Jean Morrel: Esposa de George
Sullivan: Cientista que apoiou os planos de Jan Rodricks
Jan Rodricks: Cunhado de Rupert, astrônomo e personagem central no desfecho da história
Jeffrey Greggson, 7 anos, e a bebê Jennifer Anne: Filhos de George e Jean
Boa leitura 🙂
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